Pseudônimo

Palestra!

Marilia P.O.V

Depois de uma conversa confusa entre Maiara e eu, um ser da cabeça de fósforo resolve nos atrapalhar. Raiva? Raiva era pouco para o que eu estava sentindo. Como aquela anã cabeçuda ousa beijar a Maiara? E para piorar a situação ela fala que irá jantar com o D.I ( Desprovido de inteligência) e ainda convida a meliante para dormir em sua casa. Mas o que eu estou pensando? Ela não é nada minha, ao contrario, ela me odeia, porque eu estou com... Ciúmes? Era só o que me faltava, sentir ciúmes da Pereira. Você deve estar se perguntando, porque você convidou a Giovanna para assistir a sua palestra? É simples, eu precisava mostrar que a Maiara não significa nada para mim, que ela não passa de uma colega de trabalho, é isso aí, uma colega muito atenciosa, educada, gostos... Eu estou em sérios problemas.

- Bom, eu já vou indo! – digo chamando-lhe atenção. – Até amanhã.

- Eu também já vou. – diz ela me encarando – Boa noite, Marilia!

- Boa noite, Maiara!

Deixei sua sala à procura da Maraisa, eu queria ir para casa descansar, o dia havia sido longo e cheio de emoções que eu não estou acostumada a sentir. Sai do departamento e de longe pude ver a Isa conversando com a Luisa, mas dessa vez a conversa parecia ser séria, já que nenhuma sorria como costumavam fazer. Isso me lembra de que, durante o almoço elas praticamente não conversaram o que é muito estranho, uma vez que as mesmas estavam parecendo amigas de infância. Maraisa me avistou e logo se despediu da Luisa, vindo de encontro a meu carro.

- Algum problema? – pergunto preocupada.

- Não, problema nenhum! – respondeu ela colocando o cinto – Que tal passarmos naquele restaurante italiano que fica próximo ao seu edifício e, comprarmos alguma massa? Eu não estou a fim de cozinhar, e hoje é a minha vez de fazer o jantar.

- Por mim tudo bem!

Durante todo o trajeto entre o departamento e o restaurante fez-se silencio, e depois que compramos o que ela queria eu achei que ela falaria alguma coisa, mas isso não aconteceu. Eu não gosto muito de conversar, principalmente sobre coisas fúteis, mas aquele silêncio já estava me incomodando. Assim que chegamos ela ficou de colocar a mesa enquanto eu fui tomar um banho, quando voltei, ela não estava na cozinha e só apareceu dez minutos depois de banho tomado.

- Eu sei que não sou a melhor amiga do mundo e que sou psicóloga criminal, mas tem alguma coisa te incomodando e você não esta me contando. – digo servindo-me.

- Eu não quero falar sobre isso... – diz ela suspirando – Deixe-me pensar um pouco, quando eu chegar a uma conclusão, ou ao menos souber de fato o que esta acontecendo você será a primeira, a saber.

- Tudo bem, mas lembre-se de que eu estou aqui. – ela me encarou - Mesmo que na maioria das vezes não pareça, eu me importo com você, Isa, e se eu puder ajudar não medirei esforços para fazê-lo.

- Obrigada! – ela responde com ternura – Eu não vou poder te acompanhar no baile Black and White.

- O que? Por quê?

- Eu vou visitar meus pais na sexta-feira e só volto no domingo à noite. – meus ombros caíram em desanimo – Minha mãe esta me ligando desde a semana passada, eu fiquei praticamente um mês na Espanha e quando voltei vim direto para Miami, ela esta reclamando, chegou a dizer que sou uma filha ingrata e, que eu não me preocupo com eles.

- Tudo bem, eu entendo.

- Não deixe de ir por causa disso. – ela pediu em suplica – São raras as vezes que você sai, e esses bailes é o mais próximo de diversão que você encara. – dei de ombros – Se você chamar a Luiza, e Marcela também terá de ir já que são noivas, e eu sei que você não quer servir de vela... Eu pensei que talvez você pudesse convidar a Maiara.