Sequestro parte II

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Marilia P.O.V

Duas horas, já haviam se passado duas horas desde o primeiro vídeo. Neste momento ele acaba de enviar outro, mas dessa vez Maiara aparece acordada e a água em seus joelhos. Luiza e Alexa disseram que a ultima localização do celular da Máh indicava que ela ainda estava no edifício, mas isso foi solucionado quando Giovanna avisou que encontrou o celular na garagem junto com a chave do carro, o segundo vídeo foi enviado de um celular descartável. Luisa e Giovanna estão na sala da Maiara me encarando com expressões de medo em seus rostos.

- Então, quem vai me dizer os nomes dos ex-namorados e namoradas dela? – pergunto.

- Porque você acha que foi um ex? – Keana pergunta antes de elas responderem.

- Por que quando ele ligou, ele se referiu ao Sr. Pereira como sogro. – ela assentiu – Mas talvez ele não seja um ex, e sim, alguém obcecado... – paro ao me lembrar do dia em que fomos almoçar no restaurante mexicano – Por ela... É isso!

- Isso o que? – questiona Maraisa.

- Qual o nome do garoto que perseguia ela no colégio? – questiono Giovanna – Ele chegou a tentar de agredir.

- Ah... Fernando, sim, era Fernando! – responde ela pensativa – Qual era mesmo o sobrenome dele, Lu?

- zor, Fernando zor! – responde Luisa também pensativa – Mas ele esta morando no Canadá, os pais dele o mandaram para lá logo após ele tentar agredir a Gi...

- Não, ele esta aqui em Miami. – a interrompo e ela arregala os olhos.

- Como você sabe? – ela questiona assustada.

- Nós o encontramos há alguns dias atrás. – respondo – Nós estávamos saindo do restaurante e ele apareceu.

- Eu não sabia que ele tinha voltado! – diz Luisa e Giovanna concorda – Você acha que foi ele?

- Talvez. – respondo de maneira pensativa – Durante a ligação, ele disse que por minha causa Maiara não conseguia enxergar que o amava... Segundo ele, eu teria 24 horas para provar que a amava tanto quanto ele. – elas assentiram – Isso mostra que a pessoa por trás do sequestro possui um amor obsessivo ou patológico, amor obsessivo significa que uma pessoa foi além do amor e ficou obcecada pela outra pessoa. Em outros casos, os sentimentos podem se tornar obsessão quando não se sabe nada da outra pessoa, e ela é uma mera “conhecida” que só vimos passar ou encontramos em algum lugar.

- Ai meu Deus! – exclama Giovanna – Eu já vi muitos casos assim e nenhum terminou bem.

- Eu disse que aquele louco deveria ser internado! – Luisa fala com a voz embargada. – A Chan deveria ter me deixado bater nele, talvez ele tivesse aprendido a lição.

- Você tem certeza, Mari? – Keana indaga – Esse é o perfil do suspeito? Não tem nada haver com o fato dela ser investigadora?

- Sim, eu ouvi toda a conversa entre ele e Marcos. – respondo convicta – Ele se referiu a Maiara como sua noiva, isso mostra que é um amor obsessivo/patológico, no amor patológico, a pessoa ama louca e freneticamente, sem se importar se o objeto de seu amor tem a mínima intenção em corresponder aquele sentimento. – inspirei fundo – Quem ama patologicamente, não consegue sair da ilusão e nem enxergar a realidade. É como se a pessoa ficasse cega e engessada no momento do encanto.

- Isso não é amor. – afirma Luisa – Isso é loucura, quem ama quer o bem do outro independente de com quem ela esteja.

- Eu sei que esta ilusão de amor, é tudo, menos amor. – concordo – Como ele não foi tratado quando jovem, o problema se agravou e chegou a esse extremo. – soquei a mesa assustando-as – Que merda! Eu pedi para ela tomar cuidado.

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