Agora a culpa é minha?

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Narrador P.O.V

No departamento Maiara seguiu para sua sala, durante o percurso vários policiais lhe parabenizava pela prisão do Serial Killer IV, mas ela percebeu que o Bruno continuava contrariado assim como a Luiza estava confusa e seu pai parecia nervoso. Ela assumiu sua postura de Capitã e passou por todos de cabeça erguida e com uma expressão fria em sua face. Assim que ela se sentou em sua cadeira a porta de sua sala fora aberta abruptamente, Marcos estava furioso com a filha.

- Que show foi aquele lá fora? – ele pergunta irritado – E quem é esse homem?

- O Senhor não ouviu? – ela pergunta retoricamente – Aquele é o IV, e eu não vi show algum, sempre apresentamos os suspeitos à imprensa quando há grande repercussão do caso.

- O que você está fazendo? – Marcos tinha os punhos cerrados – Está querendo morrer?

- E porque eu morreria? – ela devolve com outra pergunta. – Afinal ele não pode me matar se está preso, não é mesmo?

- Você não deveria ter feito isso. – agora ela falava com pesar – Você não pensou na sua mãe ou na Gabriela?

- Se tem alguém aqui que não pensou não família, esse alguém foi você e não eu. – agora ela estava irritada – Foi justamente por pensar nelas, que eu decidi acabar com essa palhaçada, se o senhor consegue dormir mesmo depois de várias inocentes morrerem por causa do seu medo, o problema é seu. Eu não vou permitir que ele controle a minha vida, isso acaba agora. – Marcos sentiu o peso das palavras da filha – E se o senhor estivesse tão preocupado com sua família, saberia que elas viajaram hoje cedo, nem eu sei para onde elas foram e espero que o senhor não as coloque em risco com toda a sua covardia! – ela ligou o computador – Agora se me der licença, eu tenho muito trabalho a fazer.

- Que Dios te bendiga, hija! – diz ele antes de se retirar da sala.

Maiara fechou os olhos e respirou fundo, a flauta já havia sido tocada, agora era só esperar que seu som ecoasse até chegar aos ouvidos de quem ela queria, e ele já havia chegado e ela ainda não sabia, mas ele seguiria o som até chegar a ela, movido unicamente pelo ódio. Em sua mente IV pensava, “quem ela pensava que era para encerrar o caso sem que o jogo tivesse acabado?” Ela iria se arrepender por ter feito aquilo. Ninguém levaria os créditos por seus crimes, ele os executou com perfeição, e ninguém iria se aproveitar do seu “talento”. Além do que, ele não permitiria que ela encerrasse o caso permitindo assim que Marilia fosse embora novamente, não, isso definitivamente não iria acontecer, era hora de a Pereira conhecer a sua ira, e entender que ele era o único a ditar as regras do jogo.

[...]

Durante a tarde Maiara tomou o depoimento das Sra. Puth e Gillies, as duas realmente não esperavam que fossem ser presas e Maiara estava se divertindo com aquilo. Antes do final do expediente ela ainda se reuniu com Marcela mais uma vez, elas precisavam repassar algumas coisas, nada poderia dar errado. Depois da pequena entrevista onde fora apresentado o “IV”, Maraisa dirigiu-se para o apartamento de Maiara para encontrar Marilia, a psicóloga criminal não conseguia se acalmar e estava possessa com Maiara. Giovanna permanecia afastada entretendo Andrew, enquanto Marilia conversava com Maraisa no quarto da Maiara.

- O que ela está fazendo, Mari? – indaga Maraisa. – Ela vai encerrar o caso com uma mentira? Nunca imaginei que ela fosse esse tipo de policial, mentir apenas para dar uma resposta positiva?

- Eu não sei, Isa! – ela responde andando de um lado para o outro, seu ferimento latejava, mas ela não estava se importando – Não acho que essa seja a intenção, ela sabe que aquele não é o IV, mas ela quis afronta-lo e provavelmente conseguiu, ela atingiu o ego dele, ele não vai deixar barato.

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