Andrew!

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Maiara P.O.V

No dia seguinte Marilia e Maraisa chegaram logo depois de mim. Maraisa disse que iria esperar na sala da Luiza enquanto Marilia me seguiu para minha sala, nós estávamos aguardando a mãe da vitima para que ela fizesse o reconhecimento e liberação do corpo. Saber que o Serial Killer IV estava no mesmo local que a gente me deixou apreensiva, ele parece estar nos controlando, na verdade não tenho certeza se a Mendonça esta realmente nos contando tudo o que ela sabe, tenho medo de que ela faça algo por conta própria.

- A mãe da vitima está aqui! – Marcela fala entrando na sala.

- Já estou indo. – respondo levantando-me, o que me surpreendeu foi Marilia me seguir. – Não precisa fazer isso, será rápido.

- Não vou ser inoportuna se é esse o seu medo! – diz ela revirando os olhos.

- Sra. De Witt?! – chamo ao me aproximar da mulher e ela se vira – Sou a investigadora Maiara Pereira, sou a responsável pelo caso.

- Apenas Lea, minha querida! – ela responde de maneira educada – Sem formalidades, por favor.

- Tudo bem. – indico o caminho – É por aqui.

Caminhamos até o necrotério onde Maraisa já nos aguardava. Marilia permanecia em silencio e a Sra. De Mitt também, Marcela preferiu esperar do lado de fora da sala quando chegamos ao nosso destino. Essa é uma das piores partes desse trabalho, quando a família precisa fazer o reconhecimento. O lençol estava abaixado até o colo deixando exposto o rosto da vitima. Lea começou a chorar agarrada a seu colar, Maraisa também parecia desconfortável com o momento, com as mãos tremulas a Sra. De Mitt ergueu o lençol cobrindo o rosto da filha, quando ela se afastou um pouco percebeu que o pé da filha havia sido descoberto, ela se debruçou sobre o pé abraçando-o enquanto chorava copiosamente.

- Cristal! – ela falava entre as lagrimas – É a mamãe... É a mamãe... Levante-se, vamos para casa!

Maraisa desviou o olhar enquanto Marilia permaneceu com uma expressão lívida, deixamo-la chorar o quanto ela queria antes de leva-la para minha sala, ela se sentou e segurava um foto das filhas, Marcela havia lhe dado um copo com água para ajuda-la a acalmar.

- Essa é a Aubrey. – diz ela acariciando a foto. – Ela é irmã da Cristal, e nossa filha mais velha. Ela mora na Itália! – assentimos. – Cristal iria morar com ela, já estava tudo pronto... Ela não estava escalada para trabalhar no sábado, era o dia de folga dela, mas uma amiga pediu para que ela trocasse, pois precisava ir a um casamento. Minha filha era muito boa e acabou aceitando a troca.

- Ela estava namorando? – questiono.

- Não, o ultimo relacionamento dela terminou há uns seis meses! – ela responde – Ela não tinha inimizades, o ex se mudou para a Costa Rica há três meses. – assenti – Vocês irão pegá-lo, não é? Vocês irão pegar quem fez isso?

- Estamos trabalhando para isso! – digo e ela assente – A manteremos informada sobre o andamento das investigações.

Após nos despedirmos da Sra. De Mitt voltamos a nossas funções, precisávamos analisar as imagens das câmeras de segurança, além de ouvir os funcionários que trabalharam com Cristal no sábado. Passamos a semana toda envolvidos com o caso, Marilia falava pouco e por mais incrível que pareça, ela não estava sendo grossa comigo, ou retrucando tudo que eu falava e, isso foi estranho. O final de semana chegou e eu resolvi andar um pouco no parque, era sábado e o dia estava lindo, o sol brilhava e algumas famílias se divertiam, de longe reconheci uma figura sentada em um dos bancos, ela estava com uma câmera fotográfica e tirava algumas fotos. Ela vestia um short jeans, uma blusa preta e por cima uma camisa xadrez preto e branco. Aproximei-me a passos lentos, ela encarava o lago com uma expressão séria.

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