Remédio?

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Anteriormente...

- Eu estou bem, não se preocupe.

- Não, você não esta! – ela sorveu do refrigerante - Transtorno de Estresse Pós-Traumático é isso que você esta apresentando e se você não se cuidar pode vir a se tornar algo ainda mais grave... Eu só quero te ajudar... Deixe-me ajuda-la!

Marilia P.O.V

Ela nada disse, apenas sorriu sem mostrar os dentes e voltou a comer. Durante todo o nosso passeio ela interagiu bem com Andy, o pequeno tem o poder de alegrar a todos que o cercam. Maiara veio de táxi então, na volta ofereci-lhe uma carona, deixamos um Andy cansado e sonolento de tanto brincar na residência Pereira e seguimos para seu apartamento, já era final de tarde.

- Obrigada! – ela agradece retirando o cinto de segurança – Nos vemos amanhã?

- Sim, nos vemos amanhã! – respondo e ela assente, antes de ela abrir a porta segurei seu braço – Por favor, durma. – ela suspirou – Fazem quatro dias, não é? Você também não esta se alimentando direito. Não foi sua culpa, ele estava doente!

- Mas eu era a doença dele! – vejo seus olhos marejarem.

- Não, você não era! – digo com firmeza – Então pare de se culpar e me deixa te ajudar.

- Se eu dormir... Eu vou relembrar... Tudo! – sua voz é baixa e entrecortada, o que corta meu coração – É como se eu ainda estivesse me afogando...

- Hey... – a puxei para um abraço, ela se entregou as lagrimas enquanto eu acariciava suas costas. Ficamos assim por vários minutos, quando eu senti que ela estava mais calma, me afastei para olhar em seus olhos – Vamos fazer o seguinte, suba até seu apartamento e pegue algumas roupas e tudo o que você for usar amanhã para ir ao departamento, você irá dormir no meu apartamento.

- Não Marilia, não precisa!

- Não estou te perguntando, Pereira. – ela arqueou uma sobrancelha – Estou mandando, vá. Eu vou te esperar aqui! – ela iria contestar novamente – Por favor, Máh.

- Okay! – ela responde após passar algum tempo apenas me encarando – Eu não vou demorar.

E realmente ela não demorou, ela voltou com uma mochila pequena. Arranquei rumo ao meu apartamento, durante todo o percurso fez-se silencio, ela olhava para as pessoas na calçada perdida em pensamentos, não demoramos a chegar, assim que deixamos o carro e paramos em frente ao elevador ela meio que travou no lugar, porém ela tentou disfarçar, quando entramos percebi que suas mãos estavam cerradas com força, com delicadeza peguei sua mão esquerda e entrelacei nossos dedos, ela me encarou de maneira estranha, mas logo relaxou e sorriu.

- Fique a vontade! – digo dando passagem para sua entrada.

- Obrigada! – ela agradece ao entrar – Cadê a Maraisa?

- Saiu para dançar com a Alexa e a Keana! – respondo dando de ombros – Segundo elas, elas precisavam comemorar o sucesso na resolução do caso “Imaculadas”.

- Ah, eu vi você dando entrevista. – diz ela se sentando.

- Eu vou preparar um chá para nós! – ela assente – Pode colocar suas coisas lá no meu quarto, se quiser tomar um banho fique a vontade.

- Eu acho que vou tomar um banho. – diz ela se levantando – Andy tem muita energia.

Assenti e fui preparar nosso chá, eu estava perdida em meus próprios pensamentos quando senti um aroma de sabonete, me virei e a encontrei encostada-se à parede de braços cruzados me olhando. Indiquei a sala com a cabeça e ela me acompanhou, coloquei a bandeja com as duas xícaras e cookies sobre a mesa de centro sentando-me no sofá. Peguei minha xícara e sorvi do meu chá, ela fez o mesmo ainda me encarando.

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