Ex-sniper!

299 41 12
                                    

Maiara P.O.V

Quatro dias já haviam se passado desde que Marilia embarcou para NY, quatro dias! O final de semana já havia chegado e em uma de nossas conversas por telefone, ela me disse que precisaria ficar por mais alguns dias. Hoje eu levaria Andrew para ver Margaret na clinica, o pequeno esperava com expectativa o final de semana para ver a mãe. Pela manhã Jenny me ligou convidando-me para andar de bicicleta no parque e jogar conversa fora, mas tive que recusar devido ao compromisso assumido com Andy, além de que, a convicção utilizada por Marilia ao me pedir para afastar-me de Jenny, ainda rondava minha mente, não acredito que ela tenha falado aquilo por puro ciúme, não, Mendonça não se deixa levar por emoções, tudo que ela faz ou fala é extremamente calculado.

[...]

Arrastei Giovanna conosco para a clínica, ela não queria ir de inicio, pois disse que não gostava desse tipo de lugar, mas com jeitinho eu acabei por convencê-la a nos acompanhar. Na clinica Matt nos recebeu com alegria, inclusive eu acho que sua alegria possui o sobrenome Grande, os deixei conversando e fui caminhar pela clinica, enquanto Andy aproveitava para conversar e brincar com a mãe. Enquanto eu caminhava avistei uma jovem sentada em dos bancos do pátio, ela estava sozinha e olhava para o nada, seus pulsos estavam enfaixados e a blusa de manga longa os escondia, eu vi porque ela passou a mão pelos cabelos, fiquei intrigada com aquilo e resolvi me aproximar, geralmente nos finais de semana os pacientes recebem visitas, mas ela estava sozinha.

- Oi! – digo ao parar ao seu lado, ela levou um pequeno susto antes de me encarar com o cenho franzido.

- Oi! – ela respondeu baixo.

- Posso me sentar com você? – pergunto meio sem graça.

- Fique a vontade. – ela se afastou um pouco para que eu me sentasse.

- Eu me chamo Maiara Pereira! – digo estendendo-lhe a mão, mas assim como Marilia fez em seu primeiro dia em Miami, ela apenas olhou para minha mão e depois para o meu rosto, como se estivesse pensando se deveria ou não aceitar o cumprimento.

- Virgínia Alonso, mas pode me chamar de Vi! – diz ela aceitando o cumprimento.

- Você veio visitar algum familiar? – questiono jogando o verde e ela apenas solta uma riso nasal.

- Não, eu sou uma paciente. – diz ela olhando para frente, seus olhos pareciam perdidos.

- Ah, me desculpe. – peço e ela assente – Eu sei que estou sendo invasiva, mas quantos anos você tem?

- Dezessete! – ela responde brincando com as mangas da blusa. – E antes que você pergunte, eu tenho transtorno bipolar.

- Oh... Eu sinto muito! – ela me encarou com uma sobrancelha arqueada e logo negou com a cabeça – Sua família não chegou ainda?

- Não, eles não gostam de me ver aqui. – ela responde com pesar – E eles me trouxeram ontem... Não é como se estivéssemos há anos sem nos ver.

- E porque você está aqui? – pergunto intrigada.

- Você é muito curiosa, Maiara! – diz ela com diversão.

- Desculpa, é por causa do meu trabalho. – respondo meio sem graça.

- No que você trabalha? – ela pergunta também curiosa.

- Sou investigadora do MPD! – ela fez uma expressão de surpresa – Acabei me acostumando a fazer muitas perguntas, desculpe-me pela indelicadeza.

- Tudo bem. – diz ela voltando a encarar uma família que visitava um rapaz – E você, veio visitar algum familiar?

Pseudônimo Onde histórias criam vida. Descubra agora