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Capítulo 2: Lee Donghyuck
Outubro de 2023

ー Me desculpa! ー Pediu num sussurro, antes de sair correndo para fora da casa e então, para a floresta.

ー DONGHYUCK! ー Renjun gritou, tentando correr atrás, mas parou assim que Donghyuck ultrapassou o portão.

ー Eu sabia que ele era um problema! ー Jeno resmungou assim que Renjun voltou para a casa.

ー Cala a boca, seu idiota! ー Então subiu para o andar de cima, ignorando os gritos de Jeno cobrando-o o gesso que ele disse que faria em seu braço.

A porta foi fechada com tamanha força, que Renjun quase pôde sentir em seus ossos.

Havia falhado e Donghyuck foi embora.

É assim que termina, afinal? Todos aqueles que ama o deixam para trás?

As lágrimas engoliram seus olhos, impiedosas, tentando lutar contra seu juramento de que nunca mais iria chorar. Contudo, toda vez que mentalizava Sicheng pedindo para se acalmar, mais seu peito apertava cheio de dor e saudade. Os dedos finos de sua mão pequena agarraram com força a barra de sua blusa branca, apertando o tecido até que as falanges perdessem sua cor avermelhada.

Desejou gritar.

ー Você tá chorando? ー A voz baixa chamou-lhe a atenção. Timidamente, Jaemin abriu a porta por completo, adentrando receoso no cômodo. Ele encarou Renjun, os olhos vermelhos repletos de preocupação. ー Nunca te vi chorando.

ー Não to chorando! ー Renjun rebateu. Mas ao passar a mão direita na bochecha, pôde sentir um toque úmido.

Uma lágrima traiçoeira havia caído.

ー É muita coisa pra associar, não tem nada de errado em chorar! ー Jaemin sorriu pequeno, na esperança de receber o mesmo ato de volta.

Mas Renjun apenas abaixou a cabeça.

ー O que vai ser da gente agora?

Jaemin estalou os lábios.

ー Temos que cuidar da noona, Jun! Agora somos tudo o que ela tem.

ー Depender de três crianças parece um problema! ー Sorriu em ironia.

ー Quatro. ー Jaemin corrigiu.

Renjun piscou uma, duas, três vezes, mas nenhuma delas fez Jaemin mudar de expressão. Ele estava determinado com o que dizia.

ー Vamos atrás do Donghyuck. ー Concluiu.

ー Você e quem? ー Apertou os olhos.

ー Você, claro!

O sorriso desacreditado de Renjun triplicou de tamanho. Ele encarou Jaemin como se este houvesse caído no banheiro e acertado a cabeça com força contra o vaso sanitário.

ー Só pode estar me zoando! ー Negou. ー Eu não consigo sair, esqueceu?

Jaemin riu.

ー Então vai deixá-lo ir sem isso? ーAs mãos atrás de suas costas, na qual Renjun só deu-se conta que estavam escondendo algo somente àquela altura da conversa, revelaram a caixa de papelão azul com detalhes em branco, cheia de avarias, mas muito bem conhecida por todos naquela casa.

ー Ele esqueceu o abajur? ー Renjun murmurou e deu um passo à frente. A vontade de chorar voltou a lhe atingir com força, então ele respirou fundo. ー Essa era a coisa mais importante que ele tinha.

ー Justamente! ー Jaemin umedeceu os lábios. ー Caso precise de coragem, use isso como motivação. Hyuck ficaria arrasado quando notasse que perdeu a única coisa que tinha.

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