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Capítulo 2: Lee Donghyuck
Fevereiro de 2024

Sentados na mesa, em silêncio, os três garotos esperavam Renjun trazer a sopa recém cozida e servi-la para os amigos. Não demorou para que todos pegassem a colher ao lado de seus pratos, tomando a sopa, ainda em silêncio.

Donghyuck estava agoniado. Não tinham costume de ficar tanto tempo quietos, e aquilo o estava deixando ansioso e agitado. Remexeu-se algumas vezes em sua cadeira, olhando para os lados e atraindo atenção para si e seu incômodo.

ー O que foi, Hyuck? ー Renjun perguntou baixo, encarando os pedaços de tomate boiando em seu prato.

ー Vocês estão quietos demais, não estou acostumado com isso. ー Respondeu após um longo suspiro.

Jeno lambeu os lábios, soltando um longo suspiro.

ー Não acho que temos muito assunto pra conversar.

Jaemin, que antes mexia sua sopa incansavelmente, enquanto caçava as cebolas escondidas, limpou a garganta.

ー Na verdade. ー Murmurou. ー Precisamos de um nome.

Os três garotos franziram a testa, confusos.

ー Para o bebê. ー Jaemin completou, engolindo em seco ao ser recebido por um oceano de silêncio.

Ou então, uma poça d'água bem rasa, afinal, trinta segundos depois Jeno e Renjun gritavam um com o outro, discutindo sobre qual nome seria melhor para o bebê.

Donghyuck segurou a risada ao ouvir um "Jeno Júnior". Feliz com a bagunça repentina, acabou se lembrando como Jisung referia-se ao filho.

ー Que tal, Jisung? ー Comentou sorridente, porém num sussurro, esperando que a gritaria abafasse sua sugestão.

Infelizmente, os amigos barulhentos decidiram ficar em silêncio bem na hora.

Jeno encarou de canto de olho; Renjun franziu o cenho; Jaemin sorriu.

ー É o melhor que temos. ー Riu soprado. ー Eu adorei!

Então, puxou de seu bolso um papel e uma caneta, anotando algo com um sorriso largo nos lábios. Quando colocou a caneta na mesa, ele mostrou o conteúdo escrito.

Uma certidão de nascimento.

Park Jisung. Realmente, um lindo nome.

ー Quando você fez isso? ー Renjun sorriu.

ー Faz uns dias. ー Jaemin deu de ombros. ー Foi antes de ele nascer, queria anotar tudo direitinho! Só faltava o nome. Obrigado, Hyuck!

Donghyuck deu um sorriso torto.

ー Não achei que iriam me ouvir. ー Murmurou envergonhado.

ー Você não sabe sussurrar! ー Jeno riu, engolindo a sopa e engasgando-se no processo.

ー Você não sabe comer. ー Donghyuck rebateu, entregando um guardanapo de papel.

Jeno xingou. Donghyuck sorriu.

🌗

As mãos gordinhas esticaram-se para frente, a fim de alcançar a textura macia das penas da galinha, que dormia serenamente ao seu lado. Quando o dedinho indicador tocou a pena marrom, um riso gostoso escapou de seus lábios pequenos.

ー Hey, banguelinha! O que está aprontando? ー Renjun apareceu com uma cesta em mãos, recheada de morangos e amoras, frutas que havia plantado há alguns meses e eram as favoritas do pequeno Jisung.

Ao ouvir a voz tão conhecida, o sorriso do neném aumentou, deixando aparente os quatro dentinhos que tinha na boca. Jisung, de agora dez meses e meio, bateu palmas e estendeu os bracinhos, pedindo por colo. Renjun colocou a cesta no sofá e pegou o menino, rindo ao ver Goeun levantar-se e deixá-los sozinhos na sala, caminhando até o quintal.

Brillante FullsunOnde histórias criam vida. Descubra agora