Capítulo 20

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-Como diabos faço para tirá-lo daqui?!

Severus sentiu que os Comensais da Morte chegariam a qualquer momento. Ele tinha que tirá-lo daquele lugar antes que eles aparecessem, mas certificando-se de que Lucius não corria perigo.

Ele olhou novamente para a cúpula de vidro, com certeza foi por causa da chegada de Lucius que ele conseguiu ver quem estava lá dentro.

Não foi a primeira vez que estiveram naquele lugar, mas cada vez que olhavam para dentro, apenas se via o infinito. Agora, quando pôde ver James Potter perfeitamente, percebeu que Voldemort sempre o teve ali. A questão era: quem o manteve vivo todo esse tempo? Porque logicamente alguém assumiu o comando enquanto o Senhor estava ausente. Então outra luz acendeu em sua cabeça. Narcisa Malfoy. A mulher era a única que sabia a verdade, a única com ódio suficiente para mantê-lo vivo, esperando para se vingar.
Ele os sentiu se aproximando e teve que pensar rapidamente.

A única opção que ele tinha era esperar que o próprio Voldemort abrisse a cúpula. E com o orgulho que tinha, ele certamente faria isso para se vingar de Lucius de alguma forma.
Ele correu para o fundo da cúpula e esperou que tudo desse certo.

Voldemort chegou seguido por seus Comensais da Morte e trouxe Lucius quase a reboque. Ele estava atravessando até ficar cansado. E quando ela chegou na frente da cúpula ela jogou a loira na sua frente.
Lucius olhou para cima e finalmente pôde vê-lo.

-Ha…James.

-Eis o seu amor, meu querido Lúcio.

A voz de Voldemort ecoou pelo local, assim como as risadas de seus seguidores.

-Você quer ver, certo?

Lucius nem se virou, apenas olhou para seu amor atrás do vidro. O que ele viu foi o fundo do copo.

Severo.

Eu tive uma chance. Eu só tive que empurrar um pouco. Ele sabia que o pocionista poderia tirar James daquele lugar. Mas agora o problema era o feitiço que cercava a sua amante.

-Você é um... infeliz... Riddle -Lucius sabia muito mais do que os outros Comensais da Morte sabiam. Não é à toa que ele sempre foi o braço direito daquele psicopata -Você não vai conseguir... destruir... meus filhos... mesmo que você... nos mate aqui... eles viverão.
A risada estrondosa de Voldemort soou mais assustadora do que o normal.

“Não me faça rir, meu lindo Lúcio”, ele se aproximou do homem, que ainda estava no chão, com o olhar fixo na cúpula. Eles vão morrer, assim como você. Eu mesmo cuidarei de torturá-los até que implorem pela morte.
Severus, ainda parado atrás da cúpula. Ele já havia entendido o plano de Lucius, bastava esperar que o Senhor continuasse blefando e finalmente acabasse com o maldito feitiço que cercava Potter. E seu desejo finalmente foi realizado, ele teve que se afastar alguns passos para que a magia de Voldemort não o detectasse ao remover o feitiço da fortaleza de cristal.

Todos viram como lentamente, de cima, o cristal foi desaparecendo diante do feitiço que Voldemort lançou sobre ele, apontando sua varinha para ele.

O corpo de James Potter, que alguns segundos atrás estava flutuando, desabou no centro da cúpula e esse foi o sinal para Severus.

-Cave inimicun -ele lançou o feitiço na frente de Potter e rapidamente apontou para Lucius, enquanto corria para o centro da cúpula -Mobilicorpus -O corpo de Lucius foi visto levitando próximo a ele, enquanto os feitiços dos outros Comensais da Morte acertavam contra o escudo que havia sido colocado.
"Tire... tire-o daqui, Severus," ele disse com uma voz quase agonizante.

-Vou tirar os dois… prometi aos seus filhos.
Severus pegou os pulsos de ambos os bruxos e concentrando toda sua magia neles, aparatou fora dos terrenos do Senhor. Ele tinha que agir rapidamente, se não quisesse que algo mais acontecesse com aqueles dois. Ele sacou sua varinha novamente e desta vez convocou seu Patrono.

-Diga ao Dumbledore para nos encontrar na floresta, na área das aparições.

O cervo começou a se afastar a uma velocidade incrível.

Severus não poderia aparecer com os dois em Hogwarts, isso exigiria uma grande quantidade de magia e neste momento ele estava quase no limite.

Ele apareceu novamente na área da aparição e para seu alívio, Dumbledore, Black e Lupin já estavam lá. Ele só precisava disso para deixar a inconsciência levá-lo e ele estava inconsciente como os outros dois.

Sirius correu com Remus até o local onde os três bruxos estavam e eles quase perderam o fôlego ao reconhecer o terceiro.

"Prongs," a voz de Sirius saiu estrangulada, como se ele se recusasse a sair diante da situação impossível. Ele se sentou ao lado de seu melhor amigo e resistiu a deixar as lágrimas caírem de seus olhos. Devemos levá-los para o castelo.

-Não. No momento, as barreiras escolares estão muito negligenciadas e Tom virá aqui para buscá-las.

-Então? -Perguntou Remus, enquanto levitava o corpo de Lucius, observando enquanto Dumbledore fazia o mesmo com Severus e Sirius com James. "Onde vamos deixá-los?"

-Na sede da Ordem. Neste momento é o lugar mais seguro que existe.

-Mas Draco e Harry ainda estão na escola.
"Eu cuidarei disso, Remus," disse o diretor.

"Por enquanto, por favor, leve-os." Ele entregou um pedaço de pergaminho para Sirius. Esta transferência os deixará no parque em frente à sua mansão.
Dumbledore se afastou e observou os cinco desaparecerem do local.

-Bem, é hora de ir buscar os meninos.
Quase com alegria ele foi para a escola. O lugar estava deserto. Devido aos ataques dos Comensais da Morte, eles tiveram que pedir aos alunos que permanecessem em seus respectivos quartos e então os evacuariam. Voldemort não ficaria sentado de braços cruzados e não poderia arriscar a vida dos estudantes inocentes.

Ele chegou na enfermaria e viu o Malfoy mais velho (pelo menos pelo sobrenome) segurando a mão do dorminhoco na maca.

-Diretor -Draco se levantou ao ver que o homem havia aparecido -O que aconteceu?
-Tenho a alegria de anunciar que o resgate foi um sucesso total.

-Eles... -suas pernas não aguentavam mais e ele se deixou cair na cadeira da qual havia se levantado -Ah, obrigado, Merlin -cobriu o rosto com as mãos. Ele suspirou pesadamente, tentando liberar tudo o que guardava desde que seu pai havia saído de lá.

–É necessário transferir vocês dois para a sede da ordem da fênix.

-Com licença? -ele olhou para ele, agora mais relaxado -A ordem da fênix

-Você saberá disso mais tarde. Agora é melhor acordarmos Harry, para que eles possam usar o flu.

Draco observou o diretor apontar para seu parceiro e Harry retornar de sua inconsciência.

"Draco," ele chamou seu parceiro, que parecia estar olhando para o nada.

-Como você se sente, pequena?

-Eu te disse que não sou pequeno.
"Sim", ele deu-lhe um beijo na testa, "você está bem agora."

-Se você me acompanhar. Vou guiá-lo ao meu escritório para transferi-lo.

-Aonde vamos? –Ele perguntou enquanto Draco o ajudava a sair da maca, para caminhar atrás do diretor.

–O diretor disse algo sobre a ordem da fênix.

-Oh, bem.

-Alguma coisa que você gostaria de compartilhar comigo, meu amor?

"Eu te conto mais tarde", disse ele, dando-lhe um beijo na bochecha. "A propósito... O que aconteceu com o Sr. Malfoy e o Professor Snape?"

"Tudo acabou bem", disse ele, apertando com mais força a mão que segurava a do irmão. Eles voltaram com...

-Com o pai -Harry sorriu e abraçou Draco com força -. Esta vivo.

-Sim, mas se não formos ao diretor... você nunca o verá.

Ele não precisou dizer mais nada, pois agora foi ele quem foi praticamente arrastado pelo companheiro.

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