Capítulo 7 - Arraste-me para o Inferno

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Em meio à escuridão que envolvia o bairro, John e o xerife Albert caminharam pela calçada, tendo como única fonte de luz os fracos lampejos provenientes da decoração de Halloween espalhada ao longo da rua. Ambos se esforçavam para encontrar as crianças, cujos gritos desesperados ecoavam na noite, clamando por seus pais.

– Tentem manter a calma – Albert pedia, em voz alta, enquanto se aproximava de um grupo de crianças apavoradas. – Segurem as mãos uns dos outros e sigam juntos até a casa da Senhora Dawn, a de cor azul na esquina – ele indicou com o dedo. – Ela cuidará de vocês até que a eletricidade seja restabelecida.

As crianças, com olhos arregalados e assustados, imediatamente obedeceram às instruções do xerife Albert. Elas se agarraram umas às outras, formando uma corrente humana de pequenas mãos entrelaçadas. O grupo seguiu unido na direção da casa da Senhora Dawn, movendo-se cautelosamente pela escuridão.

– Preciso encontrar a minha filha – disse John, compartilhando a sua apreensão. – Ela deve estar tão assustada quanto aquelas crianças.

– Ela está bem, John – Albert tentou acalmá-lo. – Madison é uma garota esperta.

John assentiu, tentando acreditar nas palavras do xerife, mas a preocupação ainda pesava em seu coração.


🎃🎃🎃


– E nem sinal da Lucy – Donna Alves disse, preocupada, enquanto espiava pela janela.

– Lucy já é quase adulta, Donna – o velho Arthur se juntou a ela, para observar a escuridão lá fora pela janela. – Logo ela aparece.

– Acha que acabou a luz em toda a cidade?

– Pior... Jack Marston conversou com o filho dele agora há pouco por telefone, e Los Angeles também está sem energia.

 Jack Marston conversou com o filho dele agora há pouco por telefone, e Los Angeles também está sem energia

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Para Donna, a sensação de isolamento e incerteza aumentou em seu coração.

– Isso pode ser parte de uma falha elétrica mais ampla, Donna. Talvez seja temporário e logo tudo voltará ao normal – declarou Arthur, tentando amenizar a situação.

Um som inesperado ecoou vindo da cozinha logo abaixo, como de algo de metal sendo derrubado, e os dois se entreolharam com expressões de surpresa e apreensão.

– Arthur, você trancou todas as portas? – indagou Donna, com a voz trêmula, quebrando o silêncio que se seguiu ao barulho.

– E-eu... eu acho que sim – Arthur não parecia certo disso, enquanto coçava a cabeça.

– Pode ser a Lucy – Donna tentou pensar positivamente, com um sorriso de esperança.

– Eu vou lá ver – ele disse, um pouco nervoso.

– Tome cuidado, Arthur.

Arthur pegou uma lanterna próxima à porta e saiu do quarto. Descendo as escadas com cuidado, ele iluminava o caminho à sua frente. Os degraus de madeira rangiam sob seus passos, enquanto caminhava com cautela. Ele havia se acidentado dentro de casa no ano passado, e desde então, sentia dores nos dois joelhos ao se locomover.

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