Parte 8

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Momento Presente

— E por que não voltamos ao passado e avisamos que ela não deve usar seus poderes ao máximo? Não deve ultrapassar esse limite — sugeriu a capitã com sua expressão concentrada.

Foi exatamente o que fizeram: decidiram voltar ao passado antes de Kara se perder no tempo e em Themyscira e lhe deram apenas um aviso.

Estavam apenas as duas loiras e a amazona na nave, já que os demais haviam saído para se divertir. A missão era muito simples, deviam apenas alertá-la sem dar qualquer informação sobre o que aconteceria no futuro, mas Kara estava distraída com um objeto com inscrições parecidas com o que uma vez vira ainda em Krypton.

Ela estava inclinada levemente sobre a mesa no centro da sala enquanto Sara estava a sua frente e a observava de braços cruzados, Diana estava logo atrás de Kara e a encarava sem saber se realmente havia dado certo.

De repente, o olhar de Diana desceu para as curvas da menina de collant azul e em seguida ela trocou olhares com Sara, que já havia entendido e sussurrava apenas mexendo os lábios como se gritasse desesperadamente.

— Não faça isso! Não! Diana, não!

A morena desviou o olhar para o lado como se desviasse totalmente sua atenção da cena e afastou sua mão apenas para dar um impulso e a levar de encontro à bunda de Kara em um tapa que ecoou pela nave.

— AAAAA... — a kryptoniana ia mesmo soltar um grito, mas o interrompeu, encarando Diana boquiaberta e com uma expressão de espanto e dúvida.

Sara abriu um sorriso largo de quem segurava o riso e apenas colocou a mão na testa, olhando para baixo como quem não acreditava no que havia visto, enquanto Diana, ria pelo que fizera, com os braços cruzados.

— Não use seus poderes ao limite, nunca! Isso pode vir a trazer consequências nada agradáveis. Entendeu — advertiu novamente a morena, séria outra vez, como se nada tivesse feito.

Enquanto isso, a mais nova ainda sentia de leve a ardência do tapa, refletindo sobre quanta força era necessária para provocar aquelas sensações.

— Sim, eu já tinha prestado atenção antes da agressão física sem consentimento e sem motivo.

{...}

"Senti raiva por não acreditar que eu fosse boa o suficiente para ser uma heroína, por chegar a dizer que se seguisse pelo caminho em que estava, nunca faria parte da Liga da Justiça, senti raiva por todas as explicações, que mais pareciam enigmas.

'Você tem muito o que aprender com ela, todos nós temos' foi o que Kal-El disse.

Diana parecia fazer de tudo pra que eu reprovasse em todos os testes, cheguei a pensar em desistir de ser a Supergirl e joguei minha capa em seus pés, mas ela nunca perdeu a calma. Estava sempre séria, dava a impressão de que estava furiosa o tempo todo, me sentia como uma criança que fazia algo errado e sim, eu tinha medo dela.

Sabe aqueles momentos em que você, no trabalho, faz uma piada com um colega, ou faz alguma brincadeira pra descontrair e relaxar? Isso não existia durante meu treinamento com a Mulher Maravilha, nenhuma risada, nenhuma piada, nada!

Eu tentava ser compreensiva, pensava no quanto ela havia sofrido, no quanto devia ser difícil ver todos os que você ama partirem, mas por outras vezes pensava que era dessa forma apenas comigo.

Entendi muito sobre isso depois que cheguei em Themyscira. Aquela sim era a verdadeira Diana, mas a heroína que meu mundo precisava, tinha que ser diferente, tinha que ser forte!

Lições de uma guerreira - Mulher Maravilha e SupergirlOnde histórias criam vida. Descubra agora