Parte 21

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"É, Diana de Themyscira, parece que agora é hora de VOCÊ voltar no tempo!"

Tarefa relativamente fácil para a princesa amazona, já que seus dons e imortalidade davam habilidades naturais para lidar com o Senhor do Tempo. Dessa vez, não pediu ajuda, não deixou avisos e tampouco estava preocupada em ser vista por sua versão mais jovem, quando a agarrou por trás nas Ilhas do Sul, dominando sua força monstruosa usando um de seus braceletes, que assim que tocou a jovem princesa, se moldou em metal divino a imobilizá-la como uma corda, mesma magia que o moldava em torno de seu braço sem nenhuma abertura, como se o metal fosse líquido. 

Diana usou sua força para adentrar a cripta do Oráculo, deixando do lado de fora seu outro eu do passado confuso e apavorado. Sua presença, no entanto, não espantou nem um pouco a Rainha e o ser misterioso do lado de dentro. Hipólita encarou com admiração pela primeira vez a armadura gasta pelo tempo, indicando os milênios que trouxeram sabedoria ao olhar de sua cria, como também enormes músculos em sua silhueta.

Sem hesitar, a princesa retirou o bracelete que faltava, novamente liberando sua força em todo o seu potencial, como o próprio Zeus descendo dos seus com seu olhar reluzente em pequenos raios.

— Eu, Diana de Themyscira, filha da Rainha Hipólita e do Senhor dos Céus, Zeus, ordeno que liberte minha mãe sem dar o seu preço em troca de sua própria existência, demônio!

— Vejam só, o futuro bem aqui diante de nossos olhos — a voz rouca sussurrou, maravilhada — Permita-me então, princesa, revelar algo que mesmo não pedindo, você gostará muito de ver e mostrar minha utilidade.

A criatura passou a mão sobre as águas, que flutuavam no ar, trazendo as imagens de sua realidade ao ter o desejo atendido. No exato ano que Diana deixou para trás quando voltou no tempo, estava ainda em Themyscira e nunca havia deixado a ilha, mantendo a primeira das coisas que cederia ao Oráculo: sua família. O mundo dos homens teria entrado em colapso devido à guerra e fome. Kara Zor-El, sem nenhuma inspiração para sua vida de heroísmo, acabou por ser capturada pelo governo, mantida presa longe do sol e com a constante exposição à kryptonita até a destruição total da Terra, onde também se localizava Themyscira.

Com o peso de sua imortalidade, Diana olhou diretamente para a mãe, como se mesmo ali, aquele par de olhos azuis pudessem compartilhar de sua sabedoria, sendo uma rota de fuga até mesmo para a mulher que chamavam de deusa.

— Você deve procurar por ele — Hipólita respondeu, como se lesse os pensamentos de sua amada filha.

Diana apenas assentiu, antes de deixar a cripta em super velocidade, deixando para trás a rainha amazona ainda maravilhada com sua evolução, já que a filha que deixara no presente era ainda uma adolescente, protegendo os portões do submundo após uma noite de bebedeira inconsequente. A princesa seguiu direto para o Monte Olimpo, sendo recepcionada apenas por Ares, que a aguardava em sua forma humana. O homem forte e másculo, tal como uma escultura grega, degustava de um enorme banquete aproveitando a ocasião para se deleitar com um dos muitos prazeres dos humanos, colocando na boca um pedaço de carne assada fumegante, seguindo de um morango fresco.

— Estou aqui para ver meu pai — a amazona não soou tão educada quanto antigamente, o que aguçava a curiosidade do anfitrião.

— Por que não aproveita a comida? Receio que ele demore mais do que o esperado, Diana.

Sem nenhuma paciência, a mulher deu um passo a frente, jogando a mesa pelos ares com toda a comida que nela havia, encarando a figura a sua frente com seus olhos faiscantes com as correntes elétricas naturais. No entanto, Ares reagiu com uma boa gargalhada, analisando a postura da visitante.

Lições de uma guerreira - Mulher Maravilha e SupergirlOnde histórias criam vida. Descubra agora