Parte 13

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— Me toque, como eu sei que ninguém pode tocar, Diana.

— Você não devia dizer estas coisas — a resposta veio em um sussurro.

— Por que não?

— Eu fui capaz de amar duas, ou três vezes.

— Pensei que tivesse amado a vida inteira! As pessoas, os animais, os seus deuses, sua família.

— Kara, você não entende. Esse mundo muda as pessoas.

— Você não é uma pessoa, é uma deusa.

— Se eu sou uma deusa, se curve — A amazona se levantou, deixando os braços soltos ao lado do tronco, mas levantou o rosto, encarando a garota de cima em uma expressão séria. 

— O quê?

A loira soltou um riso breve, acreditando ser uma brincadeira, mas a sobrancelha arqueada da mulher, dizia o contrário. Kara deu alguns passos para trás com o rumo duvidoso que aquela conversa estava tomando.

— O que você está esperando?

— Tínhamos outras crenças em Krypton, sem querer ofender. Eu não vou fazer isso.

Diana puxou de forma sutil o restante das roupas que ainda cobriam seu corpo, desfazendo as costuras dos tecidos finos, sem nenhum esforço. A kryptoniana pôde ler seus lábios, mesmo que eles não emitissem som algum.

"Abaixa"

O que parecia ser um pedido, tivera o mesmo efeito de uma ordem, talvez pelo desejo inegável da garota de aço de realizar a tarefa. Seu corpo estava paralisado diante daquela proposta e da mulher nua a sua frente. O tom de malícia, abria muitas possibilidades e Kara não fazia ideia do que a amazona faria, mas queria descobrir.

Algumas das habilidades da guerreira amazona, dada pelas divindades de sua família, haviam sido esquecidas com o tempo junto com as próprias crenças dos homens nos deuses antigos e pouco se sabia sobre elas. A própria Diana havia demorado a descobrir algumas delas. No entanto, a kryptoniana podia jurar que aquela vontade sobrenatural de atender os pedidos da outra mulher, agia por uma força maior do que ela e de tudo o que conhecia.

Não teve outra saída, que não deixar seu corpo cair de joelhos.

— O que eu tô fazendo?

A pergunta veio com um movimento brusco da loira que voou para trás, como se a espécie de "encanto" no qual se encontrava, fosse quebrado de repente.

Diana também preferia os campos verdes de Themyscira, àquela disputa por poder com conotação sexual, mas era como se acendesse uma faísca entre as duas, ao menos no período atual e até para quem tinha muito tempo, ele se fez necessário. A morena puxou a outra mulher para um beijo, mas um beijo diferente dos anteriores, cheio de pressa, urgência! A língua molhada da amazona, dessa vez não era sutil e percorreu a boca da loira com sede de provar o seu gosto, como se ele pudesse ficar ali mesmo depois de cessar o contato.

Quando os lábios de Diana desceram pelo pescoço de Kara, ainda molhados em uma trilha de beijos quentes, a kryptoniana teve o instinto de segurar na primeira coisa que encontrou por perto, mas se lembrou de que vivia em um mundo de papel, pela primeira vez naquele dia.

— Diana, se a gente não for com calma... — a loira parou para tomar mais ar, antes de voltar a falar — Eu vou destruir o seu quarto!!!

— Use sua força em mim!


Muitas horas depois - Kara 

Eu só tinha ouvido falar sobre essas tais memórias sexuais que temos em momentos aleatórios, até então.

Lições de uma guerreira - Mulher Maravilha e SupergirlOnde histórias criam vida. Descubra agora