Ascensão e queda - Sangue de Fogo - Volume 1

🔥 07 - Sonnig

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ATENÇÃO!

CONTÉM VIOLÊNCIA EXTREMA

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Depois de ficarem mais uns dias acampados em Santer, Klaus e Diana foram levados para a capital, Hareta. A cidade parecia duas vezes maior que Eisenhower e tinha árvores para todos os lados. As pessoas pareciam felizes. Livres.

Diana olhava pela janela da carruagem com os olhos brilhando ao lado de um não menos impressionado Klaus. O Palácio Ensolarado ficava num local alto bem no centro da cidade. Rodeado por várias árvores. O jardim em frente ao Palácio era repleto de girassois. Diana apurou o olhar e perguntou empolgada.

— Kleiner, o que é aquilo? – ela disse apontando para os girassois.

— Uma flor.

— Nossa... que perspicaz... – Diana disse sarcástica.

— Girassol. – Oregon disse sério. – o símbolo de Sonnig. Klaus olhou para Diana e arqueou uma sobrancelha e depois voltou o olhar para a janela.

Algum tempo depois eles chegaram à base do Primeiro Exército. A base gigantesca era repleta de pavilhões. Um edifício antigo que lembrava um castelo. Havia duas torres, cercadas de muros com pavilhões separados. O símbolo de Sonnig estava presente em todos os jardins, tingindo de amarelo vivo o verde da paisagem. A carruagem em que estavam parou diante de um dos pavilhões.

— Bem vindos à nova casa de vocês. – Oregon disse descendo da carruagem.

Diana e Klaus desceram seguindo o coronel, sob os olhares curiosos dos soldados que ali estavam. O uniforme azul marinho do Primeiro Exército chamou a atenção de Klaus que parecia estar revivendo o fatídico dia de Alihazarde, ainda se lembrava da quantidade de corpos com aquele uniforme que ele empilhou.

Uma das soldadas cutucou o companheiro de equipe. A mulher de olhos castanhos e cabelos curtos cochichou para o colega. — Damian, são prisioneiros?

— Não sei Zoe. Mas, pela imundice devem ser.

Oregon parou diante de um dos pavilhões e disse de uma maneira que embora parecesse grosseria era a forma mais gentil dele falar. — Aqui são os dormitórios. Mulheres a direita e homens a esquerda. O Lee vai levar o nanico para seus aposentos e a Emma vai levar a grandona para os aposentos dela. – ele disse aos dois soldados que os acompanhavam. – Ah e podem ser um casal, mas nada de fornicação!

— Não somos um casal! – Klaus disse desconcertado.

— Que seja.

Klaus acompanhou o homem magro de cabelos pretos até um dos quartos. O quarto não era grande, mas era individual. Cama de solteiro, uma escrivaninha, um armário de roupas e um criado mudo. Nada mais que isso.

Lee se virou para Klaus e entregou o uniforme do exército. — Normalmente usamos o banheiro coletivo, mas o General foi gentil com você, tem um banheiro no fim do corredor destinado aos de alta patente. Pode tomar banho lá. Somente hoje. O sorriso de Klaus começou a surgir quando ouviu a palavra "banho".

Em seguida, ele caminhou até o banheiro e abriu a porta devagar. Ele olhou para a banheira de água quente e cristalina e mal pode acreditar no que viu. Um banho, graças à Erste! O homem sentiu o alívio de finalmente poder limpar seu corpo ao adentrar a água morna da banheira de louça. Era felicidade demais para uma pessoa só. O sabonete de erva doce, shampoo de lavanda. Poderia morrer em paz. Pelo menos estava limpo.