Capítulo Dezesseis

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Era difícil acreditar que Vieney estava errada esse tempo todo. Era difícil acreditar que Connor estava falando a verdade, por mais que isso não o torne uma pessoa boa, não era justo o julgar por algo que ele não fez.

Seja como fosse, ela ainda estava se acostumando com esse fato.

Sim, ela estava lidando.

— Mais uma, por favor! — pediu ao barman de dreadlocks, que, ela tinha que admitir, usava uma calça de couro que realçava, muito bem sua bunda.

Quando o shot de tequila foi coloca à sua frente, ela colocou todo o líquido para dentro como se não houvesse amanhã. Sentiu seu interior queimar, mas não se importou o suficiente para não pedir mais uma.

— Não acha que já está bom não, bonitinha? — Six colocou a mão na lombar de Vieney quando ela tombou para trás.

Já eram 3 horas da manhã e ela ainda não havia voltado para casa. Sabia que a sua mãe estava ligando, porém todas as chamadas foram ignoradas por ela. Não queria ter que lidar com os seus pais por hoje, não queria pensar na inocência de Connor e muito menos na vontade que estava em descobrir quem vazou as fotos.

Ela não queria ser ela mesma naquela noite.

— Bebe comigo. — pediu à Six, se jogando nos braços da menor que a agarrou como se ela já não estivesse acostumada. Não ao fato de Vieney beber, isso era sim uma novidade, mas sim ao fato de que a amiga estava mais uma vez decaindo por causa de Connor, logo na única vez que ela achou que Vieney o superaria.

— Vi, você não está assim por causa dele não, né? — ajudou-a a sentar no sofá de couro vermelho do bar, antes de direcionar um olhar feio para um homem mais velho que estava encarando as coxas da ruiva.

— Não... — prolongou a palavra, tentando focar sua visão em Six mais de repente parecia que havia três dela. — Me gusta tu lips.

— Nem sei que língua maia é essa.

— Six, estou implorando para que você me beije. — encostou a testa no ombro da amiga que riu com o jeitinho bêbado dela.

— Peça direito.

— Me beija. — pediu como ela queria, ou achava que ela queria.

— Assim não. — a de cabelo rosa passou o polegar na mandíbula dela e mordeu seu lábio inferior, tão sutil que Vieney se perguntou realmente se havia acontecido. — Tente de novo.

— Me beija, Six. — sussurrou contra os lábios da amiga. — Por favor.

E Six a beijou. Tão suavemente que Vieney quase se derreteu ali mesmo quando as mãos da garota passearam pelo seu corpo sob o vestido prata de cetim que ela a emprestou para sair. Ela não estava usando sutiã, então foi muito fácil para Six agarrá-lo e apertá-lo ao mesmo tempo que se sentava em seu colo, no momento exato que as luzes se apagaram para que o show ao vivo começasse.

Mas o show quem estava dando eram os lábios de Six no pescoço da ruiva.

Até que não estavam mais.

— Six! Por que parou?

— Você precisa urgentemente ir para casa, Vivi. Não está tomando decisões muito inteligentes... e pelo visto eu menos ainda. — bufou e ajeitou os cabelos rosados em um coque no alto da cabeça.

Six não era a garota mais bem vestida e estilosa do mundo, mas o fato dela não ter estilo e combinar com absolutamente qualquer roupa era o que a deixava ainda mais atraente.

— Volta pro meu colo, vai. Sei uma coisa que você vai gostar. — tentou convencê-la.

— Por mais que eu sinta uma puta atração por você, não posso. Talvez em outro depois a gente continue as nossas brincadeirinhas, mas no momento tudo o que eu quero é te levar pra casa. Poderia facilitar?

Antes que as portas se abram (girlxgirl)Onde histórias criam vida. Descubra agora