P | Pintinhas Nas Costas.

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🐿️

O corpo de Park a obrigou a abrir os olhos, sentiu a claridade em seu rosto e logo lembrou-se da noite anterior. Sorriu sozinha ao se dar conta de onde estava, virando para o lado e vendo uma Jisoo adormecida ali, com suas costas desnudas e algumas pintinhas a mostra. Rosé não havia prestado atenção nelas, no calor do momento, a única coisa que queria era fazer q garota se acabar em sua boca, e certamente conseguiu. Agora, em seu primeiro encontro com os pequenos detalhes da coreana, as pintinhas tornaram-se especiais, e beijou cada uma delas, tirando o cabelo de seu pescoço para que aquela área pudesse respirar, viu as marcas que ela mesma fez na noite passada e tratou de beija-las também.

Rosé ficou um tempo apenas acariciando seus braços e beijando sua pele quando sentia vontade, mas Jisoo estava demorando para acordar, e tinha que ir para casa. Mandou uma mensagem para seu pai, avisando onde estava e que já estava voltando, levantou da cama contra gosto e pôs de volta sua própria roupa. Na verdade, deixou sua jaqueta de presente, já que Jisoo havia a elogiado tanto.

— A senhorita já vai? — O pai de Jisoo pergunta, a assustando.

— Oh, sim. Jisoo está dormindo, eu preciso ir para casa, dar notícias para meu pai e me arrumar para a aula. — Justificou-se. — Pode deixar que deixarei um recado a ela.

— Claro, tem razão. — Ele disse, depois de alguns segundos apenas encarando o chão. — Tenha um bom dia de, então.

Acenou com a cabeça e saiu da casa, logo entrando no uber que já havia chamado. Sua casa não era muito longe, mas estavam doloridas por conta de algumas horas atrás, e cairia no meio do caminho se tentasse ir a pé.

Entrou em casa e já recebeu um grito de alívio.

— Ah, Roseanne! — Sua mãe disse, a seguindo até seu quarto. — Eu pensei que tinha morrido, filha. Não faça mais isso.

— Como se se importasse. — Riu ironicamente, não sentindo vergonha em começar a se trocar.

— Eu me importo, Roseanne, eu sou sua mãe. — Seu tom de voz subiu. — Agora, quem não se importa é você. O fato de eu ter me separado do seu pai não me faz menos sua mãe, mocinha, você ainda me deverá satisfações enquanto for de menor.

— Tanto faz.

— O que é isso? Onde você estava? — Apontou para os chupões que também preenchiam o busto da loira. — Roseanne, com quem você estava?

— São chupões. Na casa da Kim. Com a Kim. — Cuspiu. — Mais alguma pergunta?

— Eu não entendo o porquê de me tratar assim, Rosé.

— Não entende? Você destruiu a nossa família, mãe. — As lágrimas foram impossíveis de se impedir. — Éramos felizes até você decidir de repente que não ama mais o papai. 

— Não, Roseanne. Você era feliz, você e suas irmãs eram. — Rosé fungou. — Fiquei um bom tempo nessa casa, com um homem que eu já não amava mais romanticamente. Esperei até que todas vocês fossem grandes o suficiente para me entender, mas pelo visto você foi a única que não amadureceu.

— Eu não...

— Vá tomar um banho, nem que você chegue atrasada. — A loira ia refutar novamente. — Eu ainda sou sua mãe, Roseanne, meu dever é dar regras e o seu é obedece-las, cansei de ser boazinha.

E então, sua a mãe a deixou ali, sozinha. Decidiu realmente tomar um banho, ir para a escola cheirando a sexo seria horrível.

Rosé não conseguia entender, não conseguia achar razão em destruir uma família tão perfeita. Não era necessário separar-se do seu pai, era só fingir que estava tudo bem, como sempre fez. Sua mãe nunca demonstrou um pingo de tristeza em relação a casa, nunca demonstrou não estar mais apaixonada por seu pai. No fundo, sabia que sua mente ainda era muito mesquinha para que aceitasse isso.

Durante o Alfabeto | ChaesooOnde histórias criam vida. Descubra agora