Capítulo 7

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Uma dor sempre ameniza outra dor

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Uma dor sempre ameniza outra dor.

Eu descobri que era verdade no meu aniversário de dezoito anos.

E, depois disso, nunca mais parei. Sempre fiz de tudo para que me machucarem. Porque eu preciso. Preciso que alguém me machuque. Porque uma dor ameniza outra dor e, se eu sentir uma, não vou me concentrar na outra. Eu preciso que ela sufoque tudo aquilo que tenta rastejar de volta, dentro de mim.

É a única maneira.

Eu nunca mais parei.

— O cara é três vezes o seu tamanho, Caden. – Luke disse, olhando para mim.

Eu consigo perceber a preocupação no seu tom de voz, totalmente o contrário do que eu pedi. Aquilo quase me faz rir.

— Você está ficando cada vez mais louco – Willian comenta, acendendo com o isqueiro a ponta do cigarro que estava entre os seus lábios — Está querendo se matar?

— Willian, cale a boca – Luke rapidamente o adverte.

Não, Luke. Deixe-o falar.

— Você ficou putinho assim por que descobriu que ela é a sua nova babá? – Willian me provoca, soprando a fumaça. — Ou por que sabe que ele olha para ela da mesma maneira que olhava para...

— Willian, eu não vou deixar você fazer isso! – Luke se mete outra vez.

Fecho as mãos em punhos e aperto com tanta força os meus dentes que eu sinto-os doer.

Ele só quer te machucar. Como você pediu. É preciso.

— Você é fracote demais, Caden. Qualquer pessoa toma o que é seu.

Levanto os olhos para ele, a raiva explodindo dentro de mim. A mágoa. O medo. Eu sei exatamente que é verdade.

Ele a tomou de mim... e eu não pude fazer nada.

Willian sorri, ainda olhando para mim. Isso é o que nos fez virarmos amigos. Não importa, ele nunca abaixava a guarda, nunca desviava o olhar do meu. Ele não tinha medo de mim.

— Ele deve falar as mesmas coisas que falava para ela. Qual das duas te afeta mais, Caden? Eu estou em duvida.

Meu peito apertou mais uma vez e eu levanto, indo na sua direção, mas não demoro a sentir uma mão contra o meu peito.

— Parem os dois – Luke estava tentando nos afastar.

— Não se meta, porra! – tiro sua mão de mim, encarando-o.

Eu Odeio Romeu e JulietaOnde histórias criam vida. Descubra agora