Capítulo 30

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Primeiro de tudo!

Se vocês, alguma vez na vida, sentirem que estão sendo perseguidos por alguém (seja pessoalmente ou pelas redes sociais), comuniquem as pessoas mais próximas. Não omitam nada, ok?

Lembrando que os personagens não nascem com maturidade, eles estão aprendendo e cometerão erros horríveis, assim como nós. Mas confiem no processo da história.

META BATIDA NO ÚLTIMO CAPÍTULO, OBRIGADA A TODOS! (sons de palmas)

EEEEE (BATENDO OS TAMBORES), SE DELICIEM COM O PÃOZINHO DE HOJE E ULTRAPASSEM AS METAS DO CAPÍTULO ANTERIOR!!! Isso não é um pedido, ok? É uma ordem hahahahaha.

BOA LEITURA, POMBINHAS!

BOA LEITURA, POMBINHAS!

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Terça-feira.

A vida real mandou lembranças logo cedo para mim hoje.

Quando eu era mais nova, vi minhas colegas de escola ganharem aquela boneca do momento, sabe aquela dos comerciais de tv, que ela falava e se movia sozinha. Eu lembro que, naquela época, no dia que tínhamos que levar brinquedos da nossa casa para a escola, a maioria das meninas tinham aquela boneca. E adivinha? Eu era uma das únicas que não tinha.

Eu e os meninos, porque eles não brincavam de boneca.

Fora da escola, também vi minhas primas ganharem tudo o que queriam. Aquela bota da cantora famosa teen, que todas as adolescentes sonhavam, elas tinham. Ou então, quando alguma coisa nova lançava, como um celular, elas também ganhavam.

Meus pais não tinham condições para me dar muitas das coisas que eu queria, o que me fazia evitar constantemente todos os tipos de encontros familiares ou festinhas de escola, então eu não tinha muitos amigos quando era criança e adolescente. E eu aprendi a gostar de estar em casa, com a minha família, das minhas coisas, das minhas roupas, mesmo que sejam poucas, e do meu quarto, que foi o principal refúgio nisso tudo.

Eu passei quase a minha adolescência inteira enfiada nele, lendo livros que eu conseguia pegar da biblioteca pública e que eram de graça, desde que eu levasse todo mês um alimento não perecível. Ainda lembro do primeiro que eu peguei, que foi Orgulho e Preconceito de Jane Austen, e simplesmente me apaixonei pelo mundo literário. Não é à toa que eu tenho tanto carinho por esse livro hoje em dia. Era impressionante como um pequeno objeto parecia mudar a minha realidade. Era como se eu estivesse se passando como o protagonista da história, vivendo, sentindo tudo, e o melhor, como se eu não fosse eu.

E, quando as condições finalmente começaram a melhorar em casa, meus pais conseguiam me levar na livraria da cidade para comprar meus próprios livros, porque os da biblioteca pública não estavam em melhores condições. Eles logo se tornaram meus maiores tesouros.

Eu Odeio Romeu e JulietaOnde histórias criam vida. Descubra agora