Capítulo 10

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— O que você está tramando, anjinho?

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— O que você está tramando, anjinho?

Olho para Spencer com uma carranca. Era difícil eu estar de mau humor, mas não tinha como não estar. Descobrir que ele era o meu aluno me deixou muito irritada. Caden não tinha me atendido em sua casa ontem, mesmo depois de eu ter ficado quase uma hora plantada na frente da porta dele. Eu sabia que estava em problemas e precisava descobrir alguma coisa sobre ele. Qualquer coisa.

— Você acha que ele vai me reconhecer? – pergunto, me analisando.

— Com essas roupas? – ela pega no moletom que eu estou vestindo, analisando-o em mim — Só se ele te conhecesse muito bem para descobrir que é você.

Eu concordo com aceno na cabeça.

Isso ai.

Eu estou vestindo um moletom preto que é quase duas vezes o meu tamanho, calças jeans largas, óculos escuros e boné também preto. Coloco o capuz, escondendo o meu cabelo e ajeito os óculos nos meus olhos.

— Te devolvo as roupas depois, ok? – falo para ela — Ele vai sair da aula daqui a pouco – olho no relógio do meu pulso. Se eu estiver certa e, pela grade de horários que Karen havia me passado, ele vai sair da última aula dele em cinco minutos.

— Ele mexeu tanto com os teus neurônios assim? – Spencer pergunta — Até espiã você está virando.

— Você o viu na luta – eu ajeito o moletom enorme no meu corpo, colocando algumas coisas nos bolsos — Ele continua sendo maluco fora do ringue. Ele chama o cachorro dele de Lúcifer.

Spencer solta uma risada baixa e me ajuda a arrumar a minha roupa.

— Não ria de mim, eu estou com uma péssima intuição sobre ele – amarro meus cadarços — Eu acho que as nossas aulas vão ser muito difíceis.

— Eu acho que não precisa de tudo isso, você pode descobrir as coisas por ele mesmo.

— Por ele mesmo? – levanto uma sobrancelha — Ele tentou me comprar para que eu sumisse e fingisse que nunca aconteceu o contrato com a mãe dele, Spen!

Só de me lembrar, já fico irritada. Ele tentou me subordinar e jogou na minha cara que eu estava desesperada por dinheiro.

Ela coça o queixo, dando um suspiro.

— É, pensando bem...

— E eu não confio nele o suficiente para aceitar isso. Eu acho que ele iria tentar me enganar. – falo, mais para mim do que para ela — Como eu estou?

— Uma verdadeira espiã. – ela dá um sorriso e uma piscadela com o olho direito.

— Preciso ir – falo, já caminhando para longe.

Eu Odeio Romeu e JulietaOnde histórias criam vida. Descubra agora