❌ Essa obra é um dark romance! ❌
Angeline Davis e Caden Price não têm nada em comum, a não ser pelo fato de que ambos desejam distância um do outro. Angeline, uma estudante de literatura clássica, acredita que os romances trágicos, como "Romeu e Jul...
(eu sinto muito pelo capitulo de hoje! Só me perdoem, ok?)
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Onze anos atrás...
— Olá, Senhora Thompson.
Ela abaixa os óculos até a ponta do nariz, olhando para mim. Um sorrisinho aparecendo no seu rosto quando ela percebe que sou eu.
— Caden – disse, sorridente — é sempre bom te ver. Você está cada vez mais grande – apertou levemente a minha bochecha — Qual livro quer ler hoje?
Encolhi os ombros, meu rosto esquentando.
— Eu quero um livro de sinais. – respondi.
Seus olhos estreitam, confusamente.
— Sinais? – uma ruga apareceu no meio das sobrancelhas grisalhas — Ah, libras?
Eu assenti devagar. Eu não sabia se podíamos pegar aquele tipo de livro, eu só tinha onze anos.
Senhora Thompson me analisou antes de levantar e ir em direção as grandes estantes repletas de livros. Ela sumiu por alguns segundos e logo apareceu com um livro pequeno de poucas páginas nas mãos.
— Como está a sua mãe, Caden?
Aperto meus lábios, sem saber exatamente o que dizer.
— Ela está... bem, Senhora Thompson – respondo, segundos depois. Pelo menos, era o que eu torcia para ela estar assim.
Ela se abaixa, para ficar na minha altura.
— Sempre que olho para você, lembro dela – olhou nos meus olhos — Ela nunca mais apareceu aqui na escola – franziu o cenho.
Desvio o olhar.
— Ela anda muito ocupada – é o que respondi.
Sra. Thompson me analisa mais alguns segundos antes de me entregar o livro.
A capa vermelha com duas mãos fazendo o sinal de libras me deixou ansioso. Quero muito aprender coisas novas e ensinar Olivia. Ela vai gostar.
— Vou preencher a ficha para você poder pegar o livro da escola – ela disse, voltando a se sentar na sua mesa e mexer no computador.
Dobro o joelho, trocando o peso das pernas. Eu precisava fazer xixi, estava segurando desde a primeira aula. Além disso, não gostava de esperar. O som das teclas do computador sendo apertadas só me deixavam mais ansioso.
Olho para o lado e vejo um grupo de garotos passarem pelo corredor. Os gritos e as brincadeiras me fizeram reconhecer em segundos quem eram. Até que ele passa, segurando uma bola de futebol americano embaixo do braço e com as mãos nos bolsos.
