É uma felicidade que não tinha fim, um sorriso que não conseguia tirar do rosto, uma vontade de gritar que quase não aguentava guardar na garganta. É como se o mundo tivesse parado de existir e só sobrasse aquele abraço, aquele beijo.
Sentia muito mais falta dela do que conseguia expressar, nenhum tempo do mundo seria suficiente para matar a vontade que eu tinha de estar com ela. E agora, aqui, ela voltava a ser minha e curar cada pedacinho que ficava fora do lugar quando estamos longe.
Mesmo não querendo solta-la nunca, me obrigo a colocar tudo no carro e a arrumar tudo quando chego em casa. Por sorte, não há ninguém quando entro... meu quarto está no mesmo lugar mas só há uma cama, uma cômoda e um guarda roupa, escolho um shorts e uma outra blusinha na mochila e começo me trocar, não pensei muito ao fazer isso, ela é minha amiga desde sempre, tomamos banho juntas um milhão de vezes mas parece que pra ela fica complicado se manter deitada na cama como estava.
Sem me dar muito tempo para fazer qualquer coisa ela já estava tirando as peças que tinha colocado. Com beijos cada vez mais intensos fica difícil negar qualquer coisa, eu atacaria os Estados Unidos se ela me pedisse agora.
Caralho, como sentia falta daquele toque!
Levo ela pra cama e deito ao seu lado, sem parar nunca de beija-la desço a mão para abrir a calça que ela vestia. Escuto o gemido baixinho quando acaricio por cima da calcinha, parece que não sou a única que sente falta disso... Não consigo esperar muito mais tempo, sinto uma chupada no pescoço assim que coloco os dedos, sei que vai ficar uma marca roxa mas não me importo muito com isso. Ela me afasta e abaixa mais a calça, porra como é gostosa!
Afasto o cabelo dela que insiste em cair no rosto e aproveito para puxa-lo, deixando o pescoço todo a mostra mim. Ela coloca uma das mãos na minha bunda, me cola em seu corpo enquanto com a outra massageia meus seios. A mão que estava na minha bunda arranha a coxa e me penetra... quem geme sou eu. Algum tempo depois, entre beijos, mordidas, chupões e 'estocadas', gozamos juntas.
Vestimos a roupa (para o caso de chegar alguém) e ficamos namorando na minha cama.
Um tempo depois decidimos encontrar algumas amigas parar tomar Tereré e passar a tarde. Também estava com fome e precisava ir ao mercado. Estava ficando cada vez mais difícil mantes a aparência de "amiguinhas", passamos tanto tempo longe que parece quando podemos ficar juntas é difícil desgrudar.
Compramos pizza e refrigerante, fomos para a casa da Bruna e só saímos de lá tarde da noite. Esse foi o dia que a Bianca contou para as outras amigas sobre a gente, não tenho muito o que dizer sobre isso, é uma escolha dela e uma hora isso vai ter que ser assumido.
Amanhã é dia de encontrar minha família, ainda não vi ninguém em casa, meu irmãozinho e meu pai não param muito por aqui e se eu não ficar na rua acabo sozinha.
Já é madrugada quando mando mensagem para a Marisa, não tenho muito o que fazer e ela vai ficar furiosa por saber que eu estava com a Bi até agora e não passei falar um oi. Por sorte ela está acordada, ficamos até amanhecer conversando sentadas na calçada, ela tinha muitas perguntas sobre eu e a Bi, ela é uma das poucas que eu contei sobre isso e de certa forma nos aproximou, apesar das frequentes crises de ciúmes dela.
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Acordo tarde e meu celular está cheio de mensagens, é véspera de Natal e tenho muitas de coisas para fazer. É a primeira vez que vou ver minha família toda (ou quase toda) depois que me mudei, estou morrendo de saudade daquela bagunça toda, do falatório e dos insultos que acabam em risada.
Meus primos e eu somos como irmãos, nos falamos o tempo todo pelo whatsapp e já me prometeram boas vindas com 'espancamento de travesseiro', que nada mais é do que uma brincadeira de quando dormíamos todos juntos... cada um pega seu travesseiro e começa uma guerrinha, quem deixar o seu cair das mãos ou cair sentado primeiro vai pro centro da roda e aguenta 1minuto de travesseiradas.
Quando se tem 6 anos e o maior tem 13 ainda dá para brincar, afinal 10 pessoinhas sem força física nenhuma não conseguem muito mais que boas risadas... mas agora e diferente, somos todos adultos, é tipo um campo de guerra de verdade!
Chego na minha tia e já vejo meu travesseiro encima da mesa do jardim... está tudo em silencio mas os carros e as motos estão todos estacionados lá fora, isso não pode ser um bom sinal, essa casa quieta só pode significar uma coisa. É GUERRA!!
Essa é a casa onde minha avó viveu e que agora minha tia mora com os dois filhos, o que significa que todos os 10 netos conhecem cada esconderijo bom para se derrubar alguém de surpresa... estamos todos iguais, a não ser pelo fato de que eu sou a única que não estava aqui quando armaram as regras novas. Impossível que dessa vez seja igual, antes a gente se trancava na sala para nenhum adulto encher o saco e só fazia uma guerrinha igual crianças normais, ninguém nunca se escondeu. Eu sempre fui o alvo preferido deles por ser a única menina que brincava, então olhos e ouvidos bem abertos, com certeza todo mundo quer me pegar.
Agarro o travesseiro e deixo minhas coisas encima de uma cadeira, ando um pouquinho prestando atenção em algo fora do lugar, a porta está fechada e tem um bilhete pendurado, com letras recortadas de revista
"BEM VINDA PRIMINHA, FIQUE EM PÉ E SE LIVRE DO LIMÃO!"
Ah droga, com certeza isso deixou de ser só brincadeira, é tortura!
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Perdidamente
Romance'Continuação de Completamente' Longe de tudo que conhecia, Du precisa aprender a lidar com a falta que sente da antiga vida. Sem o namorado, sem a melhor amiga, começando a descobrir um jeito novo de ver o mundo. Sozinha!