Cɑpítulo 12

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Baji estava deitado em sua cama, abraçado com seu amado secretário, admirando o doce cheiro do ômega, bem, Chifuyu exalava aquele cheiro quando ficava tímido ou nervoso.

E aquela situação o deixava tímido, além do fato de ter bancado o ciumento sem motivo.

-Hm...Kei...- O loirinho falou baixinho, Baji não podia ver seu rosto, mas ele estava vermelho como sempre. -Desculpa por ter dito aquilo mais cedo...- Completou.

-Hum? Oque?- Arqueou a sobrancelha.

-Quando eu disse pra você não me chamar de amor...na verdade, eu gostei...- Declarou com o rosto ainda mais vermelho. -Você nunca tinha me chamado assim, foi muito bonitinho...-

-Ah...se você ficar falando desse jeito vou ficar com vergonha de te chamar assim...- O moreno respondeu agora também com o rosto vermelho. -E...eu estava tentando derreter você antes que me batesse.- Sorriu nervoso.

-Você não toma jeito não é? Nem parece o cara que ficou depressivo pq queria bebês.- Revirou os olhos.

-Eu não preciso mais ser depressivo, pq agora nós vamos ter nosso filhotinho!- Declarou com um sorrisinho bobo. -Já você, nem parece o cara que estava surtando pq eu li mensagens.- Completou agora com aquele sorriso provocativo...

-Ah Keisuke, oque você queria?? Lembra do ensino médio? Você era um rodado.- Falou se virando para encarar o alfa.

-Foi um momento de fraqueza.-

-Foram três anos, Keisuke! Seu "momento de fraqueza" está quase se igualando a "fase ruim" do Vasco!- Ditou incrédulo.

-Já entendi, Fuyu! Mas oque eu podia fazer? Você não me queria!- Falou de forma dramática. -Se tivesse me dado bola teríamos fodido muito mais cedo.- Completou vendo o companheiro ficar com o rosto vermelho novamente.

-B-Baji!-

-Não me chama de Baji.- Fez bico.

-Ok ok.- Sorriu de canto ainda com o rosto levemente corado. -Kei, o que acha de eu voltar ao trabalho amanhã?- Declarou vendo o companheiro arquear a sobrancelha.

-Ah Fuyu, não é melhor você ficar em casa? Eu não quero que você se esforçe tanto... além disso, você não precisa trabalhar, eu posso muito bem sustentar você e o nosso bebê.- Ditou abraçando ainda mais o corpinho do Matsuno. -Eu não quero que nada aconteça com você...- Completou.

Os rostos de ambos próximos o suficiente, logo encostaram os lábios, umas das mãos do Keisuke foi parar na nuca do loiro, em seguida aprofundando o beijo pediu passagem com a língua. Sinceramente para Baji aquele homem possuía os mesmos lábios de mel, tal qual como Iracema, história contada por sua mãe todas as noites quando ele e Kazutora não conseguiam dormir. Sem dúvidas ela amava e ainda ama a literatura brasileira.

Se separaram ofegantes, Chifuyu com o rosto vermelho respirando lentamente na tentativa de recuperar o ar.

-Eu te amo, Chifuyu Matsuno.- Sorriu de forma tímida, o rosto do ômega chegava a queimar, agora estava óbvio que oque Baji queria com ele não eram apenas só filhos.

Baji não fez sexo pensando apenas nos bebês, ele fez pelo desejo que por muito tempo guardou, não era só carne com carne, também existia uma onda de sentimentos misturados ao completo êxtase, jamais sentiria aquela sensação com outra pessoa que não fosse o loirinho.

Baji queria por pelo menos uma noite, sentir que Chifuyu era completamente dele, de corpo e alma, dá mesma forma que ele era de Chifuyu, e sentir que naquela hora ninguém o tiraria dele.

Baji queria que seus filhos carregassem a genética daquele rosto angelical, e sempre que olhasse para suas crianças lembraria do homem que tanto ama, o homem que também o ama.

E por fim, Baji queria a aliança de uma união legítima, e céus, se Chifuyu aceitasse daria a ele a melhor festa de casamento do mundo, com cada detalhe sendo ditado pelo Matsuno, e faria exatamente como ele dissesse.

Agora aquela pequena obra de arte que surgiu do primeiro ato de amor dos dois estava crescendo no Matsuno.

É como dizem, uma nova família é uma nova esperança.

-Eu também te amo, Keisuke Baji.- Declarou abraçando o alfa. -E nosso menino também.- Completou.

-Menino?- Arqueou a sobrancelha.

-Bem, estou com a impressão que vamos ter um rapaz lindo, igual a você.- Falou com um sorrisinho bobo.

-Igual a você também.- Respondeu.

Baji quer...filhos!Onde histórias criam vida. Descubra agora