"wtf that means?"

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𝑩𝒊𝒍𝒍𝒊𝒆'𝒔 𝒑𝒐𝒗.

Minhas mãos seguravam com força o prêmio em minha mão, era um gramofone. Eu estava na frente de uma plateia enorme onde conseguia ver muitos rostos conhecidos por mim, Finneas tinha o seu braço por trás das minhas costas querendo mostrar apoio.

Eu iria dar um discurso no grammy, com o prêmio em minhas mãos.

Com a certeza que a raiz do meu cabelo é verde e que os meus olhos estavam querendo se encher de água, eu respirei fundo para começar a falar. - Uau, eu não consigo nem acreditar. Quero agradecer a todo mundo que fez esse álbum comigo, todo mundo que me apoiou. Esse prêmio é meu e do meu irmão que sempre, sempre esteve comigo. - Digo levantando a cabeça para olhar para Finneas, que tinha um sorriso enorme e lágrimas caindo em seu rosto.

- Mas principalmente esse prêmio é de todos os meus fãs que cuidam de mim e nunca pensaram em parar de me apoiar. - Parecia um nó em minha garganta, toda vez que eu tentava falar o choro queria aparecer. Eu queria desabar mas não sabia se era de felicidade ou de tristeza, sentia que todo mundo estava olhando pra mim esperando que eu dissesse algo mais.

Viro o rosto pro lado e deixo as lágrimas caírem, ainda com o gramofone em minhas mãos, de tanto segurar minha mão suava, e eu segurava com tanta força que meus dedos doíam. Mesmo chorando volto a olhar pra plateia e meus olhos se encontram com o da minha mãe, o seu olhar brilhava.

O seu olhar brilhava pra mim.

Ainda com lágrimas caindo pelo meu rosto, eu volto a falar com toda a força que eu tinha no momento. - Também quero dedicar esse prêmio a minha linda espo... - Quando ia terminar de falar não consigo, tudo fica em silêncio inclusive a minha voz, eu mexia a boca mas não saia som algum.

Meu coração acelera e toda aquela situação me dá desespero, pisco com força percebendo que não tinha mais ninguém na plateia, só as luzes acesas, só eu estava alí.

Pisco mais uma vez e minha respiração estava ofegante, olho pros lados e agora sim eu conseguia escutar algo, escutava o barulho do meu telefone tocando. Me levanto rápido ficando sentada no sofá, levo minha mão até o meu coração que batia forte parecendo que a qualquer momento ia sair de dentro de mim.

Alcanço meu celular com minha outra mão e atendo ligação, era minha mãe.
- Oi querida, está tudo bem com você? - Sua voz era suave e doce, mas no fundo parecia de preocupação também.

- Ah, Oi mãe! tudo bem sim, e com você? - Me recuperando da respiração ofegante e do meu coração acelerado, tento falar com o máximo de tranquilidade.

- Tudo bem. Eu passei em sua casa mas você não estava lá, fiquei preocupada. -

- Eu não estou em casa, eu vim passar uns dias em Londres... - Tinha esquecido de avisar ela.

- Ah sim minha filha, apenas queria saber se está bem. Se divertindo com os amigos? -

Era engraçado o seu tom, como se eu tivesse 15 anos e fui passar um final de semanas com um grupo de amigas adolescentes.

- Aham! Estou na casa de uma... Amiga. - Quando soltei a palavra "amiga" querendo referir a S/n pareceu estranho, mas foi o que pensei em falar na hora.

- Se divirta então! Eu e seu pai estamos com o Shark, beijos. - Sem eu ao menos responder, ela desliga.

Quando minha mãe desliga percebo completamente que aquilo foi um sonho.

A Bond Street - Billie Eilish (G!P).Onde histórias criam vida. Descubra agora