𝐅𝐥𝐚𝐦𝐞𝐬 𝐎𝐟 𝐋𝐨𝐯𝐞 || 𝐙𝐡𝐚𝐧𝐲𝐢

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Depois daquele presente nem um pouco agradável, o ômega não voltou a receber nada relacionado à Jiang Cheng.  Mas se tinha uma coisa que Yibo aprendeu durante toda a sua vida, era que a tempestade sempre vem depois de uma calmaria, saber isso que o deixava completamente em alerta ao ponto de monitorar até os mínimos passos mais insignificantes que ele dava durante o dia.

Ele não sabia ao certo o que ia acontecer quando ele saísse de casa ou o que quando voltasse. Ele sentia um arrepio toda vez que telefone tocava e a cada novo dia que entrava, passava e saía, ele talvez ficasse um pouco  mais aliviado por saber que não tinha acontecido nada de grave naquele dia em específico, mas isso não diminui a preocupação de que talvez possivelmente algo futuramente chegasse acontecer, ele desejava realmente está preparado para isso.

Xiao Zhan também compartilhada do mesmo pensamento, o moreno tem estado ainda mais desconfiado que o próprio loiro, porque ele conhecia ou achava que tinha um bom entendimento sobre a mente de como aquelas pessoas funcionavam, ele tinha certeza que se o alfa realmente tivesse com o ego ferido, ele não iria deixar que isso passasse, mesmo que para o moreno, fosse um pouco tarde, considerando os anos que tinha se passado. 

Mas há outro ditado que diz: antes tarde do que nunca.

E por falar nesse meio detalhe, Yibo que estava tendo a surpresa que ele achou que não pudesse um dia presenciar, e era ver que a sua mãe estava ligando naquela hora pela manhã, enquanto ele estava trabalhando.

Antes mesmo de atender a ligação, o homem  sentiu misto de sensações tomar conta dele, um pouco de ansiedade, nervosismo, medo e frustração,  principalmente quando fazia quase dois meses que ele não tinha nem sequer ouvido a voz da mãe desde a briga que eles tiveram, mas ele sempre soube de como ela estava, porque constantemente perguntava ao pai se alguma coisa tinha mudado e constantemente era acertado com a resposta negativa do alfa.

"— Mãe?

Ele falou e a sua voz saiu praticamente um pouco desesperada, ômega ficou calado esperando que ela começasse a dizer o'que  sua mente estava ensaiando, algumas conversas que poderiam ter, ou palavras de apoio, ou mesmo um simples pedido de desculpas, mas isso não aconteceu.

— Olha, eu passei todos esses dias pensando no que aconteceu e pensando no que eu fiz de errado, e eu cheguei a conclusão de que o problema não sou eu e sim você.

Yibo respirou pesado apertando a mão que tinha livre em punho, sentindo vontade de bater  fortemente contra a mesa, porque ele foi realmente muito burro em achar que a mãe poderia mudar, ela ainda continuava com o mesmo tom de raiva e ele só percebeu que aquela conversa não iria chegar a lugar nenhum, a não ser não limite de sua paciência. 

— Olha, eu sou a sua mãe, eu amo você profundamente e eu quero oferecer a você ajuda, a gente pode fazer um tratamento, conversar com psicólogo, algum profissional que resolva esse seu problema, porque eu sei que isso pode ser só uma fase e que você possa pensar que isso errado, a você pode voltar a ser uma pessoa normal, e podemos ter uma relação de família como tem que ser.

Não. De todas as coisas mais estúpidas que a sua mãe poderia falar, aquela conseguia ser pior, só provava que não importasse o tanto de tempo que isso levasse, ela sempre manteria a porra da mente fechada e acreditando fielmente que o erro não era dela, a culpa era somente do filho, ela parecia falar como se fosse uma doença.

— Por favor, me diga que eu estou entendendo errado e que você não está insinuando como se eu tivesse a porra de uma doença.

Para o loiro, achar que isso fosse uma coisa da cabeça, talvez fosse último fio que ele pudesse se agarrar de uma possível mudança, mas ela não negou, continuou firme e isso foi a gota d'água.