Dezesseis

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Odeio o fato de até distante de mim esses olhos verdes me causarem uma avalanche de emoções que destroça todos os meus princípios e joga minha marra pra puta que pariu.

Eu me odeio muito por isso, e não queria estar assim, mas fazer o que, não mando em porra nenhuma aqui dentro.

— O Izuku. —Dabi tira seu semblante alegre do rosto. Eles dois não se dão muito bem. — Hm, tem uma gatinha do lado dele,quem é?

— Vitória. — Meu semblante também perde a alegria. — E sim, você pode ficar com ela.

— Dahora! — Como uma bala, ele dispara até onde meus amigos estavam, e chega como quem não quer nada, já olhando pros peitos da menina.

— Esse cara não tem jeito mesmo. — Tomura diz, eu consigo sorrir vendo o Toya fazendo suas "Toyices" — Ele deveria ter esperado um pouquinho até ir lá,agora vão olhar pra cá.

Como se fosse mágica,aquilo aconteceu.

— E o Izuku vai acenar pra você. —Feito. — E você vai ignorar. — Feito também.

— Você é vidente, caralho? — sorrio e ele também.

— Vocês são muito previsíveis.

— Ah sim… — Olho para frente e o Izuku ainda estava me encarando. — Eu acho que vou…

— Fazer qualquer coisa, só pra sair daqui?

— É, é isso mesmo. — levanto da cadeira e dou as costas para o esverdeado — Não demoro.

— Eu sei que mentira! — Rio, de novo. Não tem como ficar chateada com esse cara por perto,mesmo assim, eu preciso sair daqui. Urgentemente.

Minha saída dali deve ter causado um alvoroço em certas pessoas,pois mesmo de costas eu consegui perceber uma movimentação,e olhares estranhos.

Era pra eu ter ficado no meu canto, pois agora o Izuku vai vir atrás de mim, querendo saber o motivo do meu sumiço, o motivo da nossa quebra de vínculo.

— Mô?!—Ouço ele me gritando,mas ignoro. E em instantes eu perco ele de vista.

Vejo um quiosque ali perto,sei que é o lugar mais fácil pra ele me achar, mas eu queria muito uma bebida agora só pra eu ter saco pra aturar aquela Vitória. E eu sai tão rápido que nem peguei a caipirinha que o Dabi comprou pra mim. E eu quero muito uma bebida agora!

— Me vem uma caipirinha,por favor, moço.

— Agora, minha gatinha!

Sorrio, e encaro o lugar por onde eu vim pra ver se havia alguma cabeleira verde no meio de um monte de guarda-sol, mas graças a Deus,não. Então me distraio mexendo no celular,e por pura coincidência tinha uma mensagem do Katsuki.

Morceguinha?

O que está acontecendo com você?

A Mina me falou que você anda distante.

Penso em responder. Quero responder. Mas, não respondo.

Não quero incomodá-lo com meus problemas, mesmo ele sendo a solução para vários deles.

Jogo o celular no balcão e coloco minhas mãos como apoio da minha cabeça, massageando um pouco, só paro quando ouço o dono do quiosque me entregando minha bebida.

— Prontinho, deseja mais alguma coisa?

— Meu amigo de volta. — falei sem nem perceber, mas logo me recompus, e sorrindo pedi por mais um copo — Esse daqui vai acabar em dois goles.

𝐹𝑜𝑢𝑟 𝑖𝑛 𝑡ℎ𝑒 𝑚𝑜𝑟𝑛𝑖𝑛𝑔 - 𝐼𝑧𝑢𝑘𝑢 𝑒 𝐾𝑎𝑡𝑠𝑢𝑘𝑖Onde histórias criam vida. Descubra agora