Quinze

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Morgana

Duas semanas se passaram depois que o encontro com meu pai aconteceu. Nós combinamos que nos veríamos três vezes por semana até chegar o dia dele ter que retornar para Nova York, mas, minha ansiedade me matava aos poucos e todos os dias lá estava eu batendo na porta do seu quarto de hotel.

Meu pai sempre me atendia com um sorriso enorme no rosto, como se o desejo dele fosse realizado, e sua filhinha aparecesse milagrosamente em sua casa. Mas não tinha milagre nenhum,eu só não queria ficar longe dele.

Cesarini estava super certa, nós somos muito parecidos, tanto em ideologias como em gostos para as coisas,- principalmente pela cor preta e gatos- o que me deixava mais animada ainda. Eu queria conhecer tudo sobre ele, só que mesmo passando esse tempo,nada supre a ausência de 18 anos.

- Como está indo a faculdade? - O Aizawa se senta ao meu lado do sofá, e me entrega um balde de pipoca amanteigada,e um copo de coca.

- Ah.... Bem! Nada do que se preocupar. - respondo,levando algumas até minha boca.

- Hum. Está feliz fazendo o que faz?

- Acho que sim.

Semicerrou seus olhos para mim,mas continuo a conversa, sem tocar mais no assunto.

- E seus amigos, quando vou conhecê-los?

Droga..

Passaram-se duas semanas e eu não falei com nenhum deles sobre o meu pai. Nem mesmo com a Jirou.

- Eu não sei, eles estão bem ocupados ultimamente, e eu também. Nem sobra tempo para falarmos uns com os outros, saca?

- Saquei. - sorriu. - Mas devemos arrumar um tempinho para as pessoas que são importantes para nós. Porém entendo sua decisão, faça as coisas no seu tempo. - Acariciou meus cabelos enquanto falava.

- Obrigada por me entender.

- É isso que pais bons fazem. - olhou para o nossos copos e resolveu ir até a geladeira pegar mais coca. - E como está seu namoro com aquele rapaz?

- Que namoro? - Fiquei muito confusa, e mesmo sabendo que ele estava falando do Izuku eu não fazia ideia do porquê ele achar que nossa relação é romântica. - Tá falando do Izuku?

-É esse aí mesmo, aquele cheio de tatuagens e o cabelo verde. - Voltou para sala com a coca na mão. - Aquele cabelo dele é verde mesmo, ou ele pinta?

- Creio eu, que ele tinge de verde. Mas fica tão bom que nem parece que é tingido.

-Não é? - Meu pai diz com indignação na voz, o que me faz rir. - Ele é legal, parece ser uma pessoa boa.

- Ele é sim. Ele é bem legal.

- Mas os olhos dele são bem frios e confusos... Não acha?

Dou de ombros, pois nunca parei para reparar nisso.

- Não sei, deve ser impressão sua. - Ele me encarou por alguns segundos e depois olhou para a paisagem atrás de nós.

- É, pode ser. - respirou fundo. - Você quer sair para jantar agora de noite?

Olhei no relógio do meu celular e vi que eram 15:54

- Não sei, eu tenho que encontrar uns amigos na faculdade para fazer o trabalho de ergonomia, então não sei quanto tempo vai durar lá.

- Tudo bem, combinamos para outro dia.

- Tá bom..

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𝐹𝑜𝑢𝑟 𝑖𝑛 𝑡ℎ𝑒 𝑚𝑜𝑟𝑛𝑖𝑛𝑔 - 𝐼𝑧𝑢𝑘𝑢 𝑒 𝐾𝑎𝑡𝑠𝑢𝑘𝑖Onde histórias criam vida. Descubra agora