━━━━━━ • 𝐼𝑧𝑢𝑘𝑢 𝑒 𝐾𝑎𝑡𝑠𝑢𝑘𝑖 • ━━━━━━
Uma simples tatuagem virou de cabeça para baixo a vida de três amigos. Amigos esses que guardavam muita coisa para si, mas depois da quatro da manhã nada consegue ficar em segredo por muito tempo..
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- Quer? - Hanta me oferece o baseado, mas eu recuso pela décima vez.
- Para de querer me levar pro mau caminho,cara. - Ele ri, deixando a fumaça escapar pela boca.
- Ninguém vai pra um lugar a força, gata. Se você for para o caminho errado, foi você que escolheu ir, não te forçaram.
Deixo meus lábios se curvarem para baixo e minhas sobrancelhas subirem.
- Essas seu curso de filosofia tá rendendo, hein. - Digo, e me impulsiono para subir no muro baixo, me virando para a linda vista daquela laje.
- Pena que quando eu terminar vou morrer de fome. - Soprou - Professor não tem nenhum caralho de valor, nesse país.
Sorri
- Tá rindo de quê, Morgana? - Ele me pergunta com o riso preso nos lábios.
- Gosto do jeito que você critica tudo.
- Eu não critico tudo, eu só falo o que me incomoda - Apoiou as costas no muro, virando-se para o bar à nossa frente. - Você não se incomoda com nada porque é privilegiada.
Concordo em silêncio.
- É, eu sei... Mas você não pode fazer nada; quer dizer,não pode fazer nada agora que é apenas um estudante universitário.
- É, eu sei. - Tragou - Mas sua mãe pode. - sorriu de lado - Cadê a Juíza Cesarini?
- A Juíza Cesarini anda muito ocupada, Sero. É meio difícil vê-la durante o dia a dia.
- É, eu sei. - Jogou o cigarro no chão e apagou com o pé. - Muitos políticos safados para prender; isso deve ser muito desgastante. - sorrio de leve. - Jurava que você seguiria os passos da sua mãe. Igual a Maria.
- Agrh! - Levanto rapidamente e me viro para a vista da favela - Não vem falar da senhorita perfeitinha perto de mim, por favor.
- Tá bom, não tá mais aqui quem falou. - riu fraco - Só quero dizer que estou orgulhoso por você seguir seu coração, e não ir onde te dá mais dinheiro.
- As vezes eu me arrependo, sabe? - Deixo a frase no ar por uns segundos - Tô fazendo o que eu amo, mas, acho que só o que eu faço não é suficiente... é como se...
- Você estivesse cavando sua própria cova. - ele completa, e então nos olhamos de imediato. - É, eu sei. Sinto o mesmo.
- É foda.. - Suspiro.
- Demais... - Ele se estica, abre os braços e estralar as costas. - Mas, iae. Por que você saiu correndo que nem doida do pagode depois que viu o biribinha?
Dou de ombros.
- Não foi por causa dele. Foi... por outra pessoa..