11. Seungmin é realista

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Era difícil dizer se as coisas no trabalho mudaram, eram exatamente as mesmas

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Era difícil dizer se as coisas no trabalho mudaram, eram exatamente as mesmas. Principalmente porque, depois do quase encontro de Jisung com Minho, impedido por Seungmin, o chefe subitamente decidiu que era a hora certa de renovar os votos. Para uma segunda lua de mel, foi para o exterior e desapareceu por meses.

Quanto à sucessão dos acontecimentos até o estopim do encontro no parque, pelo que Seungmin sabia, Minho deu um jeito de conseguir o número de Jisung assim que ele entrou na empresa. Seungmin chutou que foi no mesmíssimo dia que ficaram no escritório do chefe.

Era dele quem Jisung tanto falava, ao passo que em um paralelo Seungmin falava da mesma pessoa, sem que um dos dois sequer desconfiasse. Jisung confessou ter suspeitado uma vez, pelo tempo que Seungmin passou na sala do chefe, mas que pensou ser improvável e decidiu não dar ouvidos a esse pensamento.

Agora, no emprego, Jisung não pediu para sair porque não tinha opção, mas cortou todos os laços com Minho porque estava namorando Hyunjin. Com Seungmin era quase a mesma coisa, a diferença era que ele não falou com Minho nenhuma vez desde que saiu correndo do escritório dele, nem quando ele voltou de viagem. Esperava que tudo estivesse com um ponto final mais do que definido.

Conseguiu evitá-lo, o que era fácil já que ele quase nunca aparecia na empresa e quando aparecia todo mundo sabia.

A vida de fingimento no trabalho ia bem. Outras coisas, nem tanto.

O ocorrido com Jeongin, por exemplo. Ele nem chorou depois, aguentou uma semana. Não que isso fosse algo a se orgulhar, mas ele não chorou mais nenhuma vez depois daquele dia. Só quando Jisung perguntou se ele estava bem. Então, sua visão embaçou e tudo era rio.

— Poxa, vai passar. — Jisung o abraçou bem apertado pelos ombros, sem se importar que estavam no meio do escritório.

— Eu sei, eu nem sei por que eu tô...? — Seungmin murmurou, o rosto escondido no ombro de Jisung e a voz embargada de tanto chorar. — Quer dizer, ele nem significa muito para mim.

Com o rosto enquadrado na tela do celular de Jisung, Hyunjin analisou a cena, inexpressivo.

— Vai ver faz muito tempo que você não é rejeitado — Hyunjin comentou, depois de também ouvir a história. — Aí vem com esse choro narcisista.

Por trás do ombro de Seungmin, Jisung partiu os lábios e silenciosamente xingou Hyunjin, fazendo sinais para que ele parasse. Se estivesse presente, era certo que Jisung ia pesar a mão em um tapão na cabeça do modelo. Quando ele voltasse de viagem, ah, com certeza, porque Jisung não se esquecia fácil das coisas.

— Um narcisista reconhece outro, só tô dizendo — Hyunjin continuou. — Olha lá, até diminuiu o choro.

Antes de levantar a cabeça, Seungmin ergueu um dedo do meio no ar. Virou para o celular com cara de bravo, as bolsas embaixo dos olhos inchadas.

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