13. Seungmin é doce

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Jeju no verão era uma soma incrível entre ficar de preguiça o dia todo, suando e reclamando do calor, não ser produtivo em absolutamente nada e contar histórias que ninguém quer ouvir

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Jeju no verão era uma soma incrível entre ficar de preguiça o dia todo, suando e reclamando do calor, não ser produtivo em absolutamente nada e contar histórias que ninguém quer ouvir. Era simples e sem preocupações, tão boa que não parecia acabar nunca.

Na segunda manhã, acordou de novo com Jeongin dormindo grudado nele. Decidiu não fazer nada, só esperar ele acordar. Então, todas as outras manhãs eles acordavam assim.

Jeongin o levou para visitar um templo no topo de uma montanha (Seungmin quase morreu algumas vezes durante a caminhada), o mercado de peixe onde seu pai tinha lojas e a Hello Kitty Island, onde Seungmin comprou tanta coisa que gerou uma terceira mala. Seungmin queria levar para sempre as incontáveis vezes que ele e Jeongin apenas ficaram na pousada sentados juntos, comendo todo tipo de fruta gelada e molhada — principalmente melancia, melão e uva — com um estoque infindável de picolés, competindo pela atenção de um pequeno ventilador, até que Jeongin desistia e ia nadar.

Seungmin tinha medo, o mar era agressivo, exceto à noite, em que tudo era sereno e gelado. Várias vezes assistiram o sol se pôr na ponta da ilha, onde o sol desavergonhado beija o mar sem se esconder. A maresia amenizava o abafado do verão, mas isso não tirava um pouco daquela moleza do qual se habituaram.

Deitados na plataforma de madeira no quintal, do lado da mesa cheia de panelas e tigelas com tudo o que Jeongin cozinhou, sabiam que deviam arrumar tudo e lavar uma louça imensa, mas bateu a preguiça. Apenas deitaram ali mesmo, conversando, olhando as estrelas e ouvindo o quebrar das ondas.

— Ei, tô sem sono — Seungmin rolou e jogou o braço para o lado, cutucando a bochecha de Jeongin. — Conversa comigo — pediu.

Antes deitado de bruços, Jeongin se deitou virado para Seungmin e apoiou a cabeça em um braço.

— Você tinha um caso com o Hyunjin, não tinha?

Seungmin entreabriu os lábios com a pergunta repentina, um pouco impressionado, mas não exatamente surpreso. Jeongin sabia que eles tinham um caso, mas palavras formais nunca foram ditas, era natural que em algum momento ele buscasse por uma confirmação exata.

— Tinha — fez biquinho, indiferente. — Era casual.

O tempo de resposta de Jeongin foi mais alto que o comum, exatamente como ele fazia quando estava com muito sono, mas queria conversar.

— E não tem mais? — perguntou, a voz um pouco arrastada pelo sono.

— Estou bem certo de que ele não gosta de mim.

— Mas e se ele não gostasse de você, mas, por algum motivo, quisesse te manter? Como uma espécie de propriedade.

— Como? — Seungmin franziu o cenho, sem entender muito bem onde ele queria chegar. — Ele não gostar de mim mas achar que me tem? Diria que ele é louco. Ele não me tem.

— Bom, mas ele acha isso. Que você pertence a ele.

— Não, isso deve ser impressão sua — Seungmin negou, suspirando e voltando para seu lugar, se perdendo em pensamentos pelo que pareceu uma eternidade. Jeongin assentiu de olhos fechados, nenhum dos dois queria mais falar sobre aquilo. Na verdade, o silêncio que se instalou deixou claro que não queriam falar sobre mais nada. Se não gostasse tanto de Jeongin, teria levantado e entrado para dormir na cama. Mas não conseguiria dormir sem ele ao seu lado, mesmo sabendo que Jeongin iria ao seu encontro em algum momento. Estavam tão acomodados ali...

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