Aos vinte e cinco anos, Seungmin mantém um canal de vídeos para maiores, têm bastante energia, uma boa carreira profissional, um vizinho gato para admirar e relações carnais e discretas com seu chefe e com um famoso modelo. Nunca se apaixonou e isso...
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Era um jogo. Jeongin dava as cartas, mas ele era um dealer entediado e isso era um problema enorme, afinal, podia manipular tudo a seu favor, atear fogo no tabuleiro puramente para o próprio deleite.
— Seungmin.
Trazido de volta de seus pensamentos no momento em que seu nome foi chamado, Seungmin procurou desesperadamente por alguma resposta nos olhos do namorado. Emoções confusas entre excitação e raiva transbordavam. Ele próprio também tinha emoções confusas, embora não quisesse falar sobre isso. Aliás, ambos realmente não queriam falar sobre a discussão, pelo visto. Não queriam falar, queriam aquilo que vai além disso. E não havia nada embaixo dos cílios de Jeongin além de irritação e desejo.
— Disse que não vou pedir duas vezes. Banco de trás.
Seungmin demorou para entender o que ele queria dizer, onde queria chegar. Mas o tom de voz e o olhar desesperado e ansioso em seus olhos pertenciam somente a Seungmin, eram direcionados só para ele e mais ninguém. O jogo iria começar.
— Sim — Seungmin estremeceu e, sem demoras, usou a mão suada para abrir a porta do carro.
Uma lufada de vento gélido viajou para dentro do carro quando Seungmin bateu a porta, se acomodando no banco de trás, o coração comprimia no peito. O vento soprou pela janela aberta até a metade, levando a franja de Seungmin para o lado enquanto encarava Jeongin pelo retrovisor. O namorado tinha um olhar de interesse mirando diretamente nos seus através do espelho.
— Tira a blusa — disse, em alto e bom som, a voz ecoando no carro de maneira que as orelhas de Seungmin queimaram e uma sensação gelada em sua nuca o fez estremecer.
Rapidamente, fez o que ele mandou, escorregando a camiseta sobre a cabeça. Curvou o tronco para deixá-la sobre o banco do passageiro. Jeongin acompanhava cada um de seus movimentos como um caçador espreitando a presa.
— A bermuda.
Levou um tempo maior do que o esperado para Seungmin escorregar seus tênis para fora e depois a bermuda. O ar gelado fez seus mamilos enrijecerem e ele se sentiu exposto e sensível. No motorista, viu Jeongin apertar ainda mais o volante e simplesmente bufar, talvez de impaciência, embora pudesse ver um pequeno sorriso lutando para crescer em seus lábios.
— A cueca.
— Jeongin...
— Vai ser tímido agora? — Jeongin estalou os lábios em seguida, como se estivesse muito cansado de tudo. Estendeu a mão para trás, com as unhas feitas por Seungmin brilhando sob a luz amarelada do carro e colocou suavemente sobre a coxa dele. — Você era tímido assim nos bons tempos?
Seungmin semicerrou os olhos, sua pele dos braços e pernas se arrepiaram ao toque. Era um desafio, uma pergunta que não precisava de resposta. O sorriso malicioso de Jeongin só se alargou quando o camboy, em um movimento rápido, empurrou a mão dele para longe. O ato de deixar seus ombros caírem em desistência fez a linha tênue entre tensão e tesão que os envolveu durante toda a viagem se acentuar.
