3. Seungmin é o diabo

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Na segunda-feira, Seungmin colocou seus pensamentos em ordem e aguardava pelo estagiário com carinho

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Na segunda-feira, Seungmin colocou seus pensamentos em ordem e aguardava pelo estagiário com carinho. Inclusive, foi ao supervisor para saber se Jisung tinha desistido do cargo e se aliviou ao descobrir que não. Era uma vaga quase surreal de tão boa para ele desistir só porque Seungmin saiu correndo no primeiro dia.

Han Jisung apareceu com dois minutos de atraso, o coração palpitando no peito e a franja desgrenhada. Entrou no escritório igual um intruso, temendo gritos severos. Ao notar isso, Seungmin fez questão de abrir um sorriso caloroso.

— Olha, Han Jisung, certo? — Parou de usar o laptop e voltou sua atenção para ele. — Acho que começamos com o pé esquerdo. Mas, antes de tudo, se você tentar qualquer coisa comigo, eu acabo com a sua vida.

Se houve qualquer lampejo de um sorriso gentil no rosto de Jisung, ele nunca aconteceu. O que se viu foi um par de olhos arregalados num rosto pálido. Fez Seungmin rir e perder a postura.

— Nossa, você tinha que ver a sua cara. — Seungmin empurrou a cadeira para trás, as rodinhas rolaram no chão. — Senta aí.

— Posso sentar mesmo? — O rosto estático de Jisung se suavizou quando Seungmin assentiu. Porém, continuava claramente nervoso quando sentou na mesa de frente para o monitor.

— Claro. A parte sobre acabar com a sua vida é mentira, eu tenho preguiça para esse tipo de coisa e costumo esquecer quando me fazem mal, eventualmente perdoando as pessoas... Enfim, não vou tolerar nada aqui. Se você é um fã e quiser tentar algo comigo, faça isso fora do trabalho, pode ser?

Assentindo, o estagiário descansou a postura, antes tensa, na cadeira.

— Ufa, pensei que você fosse me odiar. Sei que não foi uma abordagem muito boa...

Seungmin lembrou do acontecimento e tão súbito se forçou a esquecer. Lembrou também das primeiras impressões que teve sobre ele: jovem, provavelmente sem noção; e gentil, não considerava errado fazer só uma perguntinha. E o sorriso que Jeongin direcionou para ele na pista de dança naquela noite, tão largo, sincero, carregado de juventude e alguma outra coisa que Seungmin não sabia dizer, mas que fez seu peito ferver.

— Fiquei feliz de te encontrar aqui, tipo, uau?! Que coincidência! Na reunião — continuou Jisung —, eu quis te escolher na lista de monitores desde o começo. Vi seus resultados e tive certeza que-

Paaara de me bajular — Seungmin interrompeu e revirou os olhos de um jeito engraçado, queria rir. — Sei que foi por causa do Mimi's Room. Aliás, não use esse apelido comigo em hipótese nenhuma. É só para os mais íntimos — piscou um olho.

— Entendi, ninguém nessa empresa pode saber — sussurrou Jisung, balançando a cabeça devagar.

— Na verdade, tanto faz para mim — Seungmin deu de ombros. — Já li e reli os direitos trabalhistas tantas vezes. Desde que minha vida privada não afete negativamente nos resultados da empresa...

Mimi's Room I sOnde histórias criam vida. Descubra agora