14. Seungmin é cuidadoso

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O que verdadeiramente esperava era que Jeongin ficasse um tempo sem falar com ele

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O que verdadeiramente esperava era que Jeongin ficasse um tempo sem falar com ele. Esse tipo de atitude dele acaba por ser previsível e, por isso, Seungmin decidiu não procurar por ele, deixar que ele fosse ao seu encontro quando estivesse bem com o que aconteceu.

Minutos depois do primeiro beijo deles, Seungmin também foi tomar um banho. Debaixo da água morna, imaginou os piores cenários de reação de Jeongin, a cabeça encheu de abobrinhas. Três delas eram coerentes:

A primeira, Jeongin diria que foi calor do momento — mesmo que esse tal "calor" perdurava há tantos dias morando entre eles que se tornou um fato inegável —, e diria que era melhor aquilo não se repetir.

A segunda, ele diria algo sobre ter vontade de beijar Seungmin, assim como Jisung afirmava ser "natural ter vontade de beijar os amigos", era natural pelo tempo que passavam juntos e o quanto se conheciam que algo do tipo inevitavelmente aconteceria, e que tanto faz se fizessem de novo ou não. Nessa possibilidade, Jeongin não sentia nada. Vida que segue.

Por fim, a terceira se entrelaçava num enfadonho turbilhão, como um rabisco contínuo numa folha de papel. Ele próprio não conseguia organizar, era aquele: "não aguento mais resistir à minha vontade de você". Aguentar. Resistir. Você.

Quem aguenta têm dificuldades para suportar, e resistir é não ceder. Não são coisas que surgem da noite para o dia, levam tempo. Ele suportou a vontade de sucumbir ao desejo por...

Mim, Kim Seungmin, pensou, apoiando as mãos no azulejo frio, aproveitando a sensação da água penetrando seus cabelos, descendo e tocando suas orelhas ainda quentes pelos toques.

A terceira opção significava que Jeongin vinha reprimindo um desejo por ele e esteve lutando contra isso. Lutando por qual motivo? Se Seungmin sempre esteve ali, disposto, o caminho livre para recebê-lo... Nessa possibilidade, talvez Jeongin gostasse dele.

Sem dizer uma palavra, Seungmin ensaboou a mão e começou a lavar seu corpo, levando a mão ao pescoço e descendo pelo desenho de seu ombro.

Jeongin era muito mais gentil e meticuloso do que Seungmin jamais teria imaginado durante o beijo. Toques calculados, mas selvagens. Surreal, aquilo com certeza não tinha acontecido, devia ser puro fruto de um delírio acordado de Seungmin, porque ele simplesmente não conseguia acreditar.

Seus pensamentos ficaram turbulentos, absortos, quentes. Pensava em Jeongin, na maneira como os dedos longos dele por pouco não se fechavam na circunferência de sua coxa. Em transe, sentia a mão de Jeongin se enredar em suas coxas enquanto ele o fodia com força. O pau de Seungmin começou a se contorcer e sua mão se moveu para baixo, os dedos tocando pontos certeiros na pele junto a memória sensorial da língua de Jeongin subindo por seu pescoço.

Fechou os olhos e se inclinou contra a parede de azulejo frio do chuveiro, a testa se enrugando à medida que agarrava seu pênis. Moveu a mão ao longo do comprimento, entregando o que podia para o corpo que sempre desejava por mais.

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