21. Seungmin é tranquilo

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A sala de estar mergulhou em uma verdadeira guerra mundial, Jeongin gritava palavrões como se berrar mudasse o curso do jogo

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A sala de estar mergulhou em uma verdadeira guerra mundial, Jeongin gritava palavrões como se berrar mudasse o curso do jogo.

— Vai jogar comigo, né? — falou para o microfone perto da boca. — Jisung, eu tô falando a semana inteira!

Ao dar seus pulos agitados, sua maior preocupação era garantir que as pernas de Seungmin continuassem confortáveis sobre suas coxas. Após seus momentos exasperados, olhava para Seungmin com um sorriso de quem dizia "opa, foi mal", e voltava a gritar com os colegas no headset.

Distraído, Seungmin subia o olhar de seu livro uma ou duas vezes e quase perdia o fôlego. A regata preta de Jeongin dava um vigor às veias salientadas no pescoço e no braço, que desciam para o pulso e para os dedos longos praticamente engolindo o controle do videogame.

Nunca vira alguém com as mãos tão maiores que o controle. Seungmin tentava não pensar muito nisso. Ajeitava seus óculos de grau, voltava a ler. A barulheira da TV não incomodava sua leitura, já a existência de Jeongin deixava seu corpo extremamente cálido por baixo do suéter preto, os óculos escorregando na ponta do nariz com frequência.

Em uma de suas olhadelas, pegou Jeongin olhando para ele. Ele se aproximou devagar, segurando-o pela coxa, e lhe deu um beijo na boca.

— Seis horas — Jeongin disse, sorriu e voltou para o videogame como se nada tivesse acontecido.

Para Seungmin, era impossível agir como se nada tivesse acontecido. Se a visão de Jeongin puto com o jogo estava polindo suas engrenagens, o selinho botou a fábrica inteira para funcionar. Era aquela vontade de novo, fazendo-o suar dentro do suéter...

Precisava preencher a boca com algo.

Com Jeongin.

Enquanto Jeongin bolava algum tipo de estratégia com seus colegas, Seungmin fechou o livro devagar. Em movimentos leves, despercebidos, Seungmin deitou o queixo no ombro de Jeongin. No mesmo momento, sentiu o corpo inteiro dele tensionar. Seungmin não esperaria nem mais um segundo.

— Posso te chupar? — perguntou.

Os dedos de Jeongin perderam o compasso. Ele morreu no jogo, Seungmin não tinha certeza, apenas sabia que a tela estava cinza, os tiros diminuíram e Jeongin travou junto.

— P-pode — respondeu, apertando o botão para sair do jogo.

— Continua jogando — Seungmin advertiu ao pousar a mão sobre o ventre dele. — Não quero atrapalhar.

Jeongin não respondeu, obedeceu. A mão de Seungmin se esgueirou sob a bainha e esfregou o tecido da bermuda com um sorriso nos lábios. Ele ainda estava mole, nada que não pudesse ser resolvido.

Alguém disse algo para Jeongin no headset, porque ele se apressou em responder umas palavras novas que Seungmin nunca ouviu e também não se importou, estava focado em outra coisa.

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