Estelar

Loucuras de Amor

"Pode ser amor, pode ser paixão, pode ser loucura do meu coração, mais quero você seja como for e assumo as minhas loucuras de amor"
(Rick e Renner)

Diego~

Acordei super cedo, afinal de contas não havia dormido quase nada após aquela discussão idiota que tive com o Amaury, fiquei magoado com o que ele disse e eu não entendia seus motivos...
Também fiz uma nota mental sobre meus sentimentos, mesmo sem saber exatamente até onde ia todo esse carinho que tinha por ele, ter transado apenas uma vez só, não ajudou em nada... Eu queria mais, queria sua risada, queria suas brincadeiras idiotas e também que ele dormisse aqui mais vezes, queria saber o que aconteceria na manhã seguinte caso ninguém tivesse atrapalhado. Ele faria o café? Nós teríamos um sexo matinal maravilhoso? Ele me chamaria para um banho?
Apoiei minha cabeça na bancada da cozinha e gemi frustrado, eu nunca havia sentido o que sinto por ele, por ninguém... Porém não sabia dizer se era paixão, muito tesão, ou até mesmo carência... Querendo ou não, aqui no Rio, Amaury era a única pessoa que cuidava de mim, sendo mais próximo que todos os outros amigos meus.
"Mas que merda." Eu reclamei para ninguém em específico e decidi que Bruno era a pessoa perfeita pra me ajudar nesse momento. "Oie." Disse assim que a chamada de vídeo foi atendida.
"Amiga, oito da manhã, porra piranha, que merda." Eu revirei os olhos, vendo a cara inchada do rapaz.
"Para de ser insuportável... Preciso de ajuda." Falei choramingando.
"Claro que precisa, pra me ligar esse horário. Que foi? Perdeu uma perna? Sua lace ruiva queimou?" Eu arregalei os olhos.
"Vira a boca pra lá. Eu e o Amaury brigamos." Ele enrrugou a testa.
"Que? Porque? Ele roubou a bota de brilho do Kelvin? Comeu seu doce de leite?" Eu suspirei, Bruno divagando as oito da manhã era de mais pra mim.
"Amaury e eu, brigamos por causa do Mateus, após termos transado." Confidenciei, meu amigo com uma expressão de choque em seu rosto.
"E como foi?" Ele perguntou e eu sorri.
"Aí amiga, ele é um gostoso, e é tão gross..."
"NÃO! NÃO O SEXO." Ele gritou me fazendo parar de falar. "A briga." Eu abri a boca, claro que era da briga que estávamos falando.
"Bom, ele perguntou se eu tinha algo com o Mateus após ver os storys, eu disse que sim, mas que não era sério. Ele ficou puto porque transamos e depois eu encontrei o Mateus e eu puta porque ele não me escuta e cria teorias malucas." Bruno gargalhou.
"Não são teorias amiga, ele está com ciúmes..." Eu arregalei a minha boca, qualquer dentista ficaria chocado com o tanto que minha boca se abriu.
"Não... Não é possível... O Amaury é extremamente centrado e tudo mais, não faz o tipo ciumento... Ainda mais comigo." Terminei a frase mais baixo.
"Ow ow ow... Diego Martins, você é lindo, talentoso, engraçado, não tem porque o boy não se apaixonar." Eu pisquei, sentindo meu coração levemente acelerado, será que o Amaury realmente poderia se apaixonar por mim?
"Bruno... Eu não sei sabe... Ele é tão incrível." Falei calmamente.
"Amigo, você também. Você está apaixonada?" Eu suspirei e passei a mão por meu rosto, sentindo alguns pelinhos de barba nascendo.
"Eu não sei... Até uns dias eu diria não e riria de você, mas agora eu já não sei mais." Meu amigo sorriu, um sorriso que ele só dava quando iria liberar um conselho incrível e que eu provavelmente não entenderia.
"Amiga, respira e curte ele, não se preocupa com o futuro, só sente o presente, por agora, tentem resolver essa situação de vocês... Uma coisa de cada vez...."
"Doses homeopáticas." Complementei o que ele sempre me dizia. O maior sorriu.
"Agora podemos falar sobre o tamanho do pa..."
"Tchal!" Encerrei a ligação antes de ouvir qualquer merda.
Já que eu acordei cedo e tinha um tempinho antes de ir malhar, resolvi abrir uma caixinha de perguntas... Dentre elas havia algumas sobre se o amauri me entregou um buque de coxinha e meu doce de leite. Também teve uma velha dizendo coisas completamente idiotas ao meu respeito, eu já estava triste e aquilo me deixou mais abalado ainda, tanto que comentei nos storys sobre o role, minhas fãs me animaram com relação a isso... Também respondi sobre minhas comidas que Amaury nunca entregou, zoando a situação, mesmo bravo com ele, nossos fãs não tinham nada haver com nossa relação pessoal...
◇
Na academia, descontei todo meu estresse em treino para o bumbum, não sou obrigada a nada... Subindo de volta ao apê, respondi mais algumas perguntas, tentando me distrair com a interação no insta e os memes que Bruno havia me mandado, me arrancando risadas engasgada, pelos vídeos idiotas. A campainha tocou, eu não esperava ninguém e o porteiro não havia me avisado sobre uma possível visita. Abri a porta e nada no mundo me preparou para o que eu vi.
"Amaury? Que?" Falei chocado ainda.
"Eu quero me desculpar... Mas tem como você me deixar entrar, antes que algum vizinho seu apareça e eu vá preso." Eu dei espaço para ele passar, ele entrou e eu não pude me segurar observando a bunda dele, e que bunda... Peguei o roupão que estava jogado no corredor e fechei a porta me virando. Amaury tinha um sorriso no rosto, estava completamente nu e com um buque de coxinha em frente ao seu quadril, cômico e gostoso.
"Você ficou louco..." Eu disse, mas havia um sorriso em meu rosto, Amaury sabia o quanto eu ia adorar a situação e foi corajoso o suficiente para fazer.
"Completamente louco, por você Diego..." Eu arregalei os olhos. "Eu não sei o que é isso... O que eu tô sentindo, nunca foi assim antes... Mas eu preciso de você..." Ele soltou o buque e seu pau ficou exposto, senti meu corpo esquentar com a visão.
"Porra Maury..."
"Me desculpa, eu fui um idiota com você, um ciumento e idiota... Só me incomodou muito imaginar alguém que não fosse eu, tocando em você." Eu assenti.
"Você foi um idiota." Conclui e ele concordou.
"Fui."
"E será mais ainda se continuar parado aí." Foram três passos e eu estava em seu colo, minhas pernas enroladas em seu quadril, enquanto ele me segurava pela bunda, nos beijando loucamente, como se não estivéssemos putos um com o outro a menos de vinte quatro horas. Essa era a questão, Amaury era a gasolina e eu o fósforo, tudo para explodir em chamas e eu estava louco para me queimar.
"Porra..." Amaury disse separando o beijo.
"O que?" Ele sorriu amarelo.
"Eu fugi do projac, quando vi seus storys, tenho vinte minutos para estar lá." Eu arregalei os olhos.
"Tá me dizendo que você apareceu aqui pelado e não vamos transar?" Eu estava completamente perplexo, o homem deu de ombros.
"Eu vi seu story e vim correndo, sem nem pensar." Eu suspirei e desci de seu colo.
"Vou tomar um banho, me espera aí." Falei saindo rápido, já que ele estava aqui mesmo ia aproveitar a carona.
◇
Quando chegamos ao projac, demos de cara com Glória, que sorriu para nós.
"Amaury? Tudo bem? Você saiu correndo..." O homem ficou vermelho, diante da pergunta da mais velha, eu sorri, nem parece o cara que apareceu pelado a meia hora atrás lá em casa.
"Eu tive um problema com meu aplicativo e pedi pra ele me buscar em casa..." Ela sorriu e nos deu um beijinho no rosto, dizendo ter ficado preocupada com o jeito afobado que o mais velho saiu, me fazendo rir.
Durante o dia fiz alguns storys com Amaury e milagrosamente ele trouxe alguns presentes meus, claro que briguei com ele por uma caixa de chocolate e pelo meu doce de leite...
Na hora de ir embora ele me levou pra casa, porém não pode ficar, ele aproveitaria que saiu mais cedo para visitar a mãe... Isso não impediu que perdêssemos dez ou quinze minutos nos beijando no carro, como dois jovens de dezoito anos.
Quando entrei em casa aquela noite, eu estava nas nuvens e talvez no caminho de compreender meus sentimentos pelo mais velho.

A reconciliação veio mais o sexo não! (AINDA) beijos...