Declaração

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"Aonde está você?
Queria te dizer
Que essa letra é uma declaração de amor
Que eu fiz pra você
Que essa letra é uma declaração de amor pra você"

(Zé H e Gabriel)

Diego~

"Você... Você esta apaixonado por mim?" O homem perguntou, eu revirei os olhos, nervoso, irritado e me sentindo exposto, enquanto Amaury parecia paralisado, soltei meu pulso de sua mão grande e coloquei minhas mãos sobre sua barba, eu estava morto de saudades de qualquer mínimo contato, mas não me atentei muito a isso, já que o maior parecia um pouco pálido.
"Amaury? Você e burro? Ou tá se fazendo?" Encarei seus olhos, movendo um pouco sua cabeça para o lado, querendo observá-lo. "Você não está usando drogas, certo?" Perguntei sem entender essa reação dele.
"O que? Não... É... Eu tô feliz." Ele concluiu ainda estranho, eu soltei seu rosto.
"Feliz?" Agora o confuso era eu, o cara me da um fora e esta feliz porque eu gosto dele, que isso? Fetiche em fazer as pessoas sofrer?
"Eu achei que você estava apaixonado por outro, que não correspondia aos meus sentimentos... Eu te disse no carro, que não queria mais continuar com essa coisa casual, onde você poderia sair com outras pessoas." Eu arregalei os olhos, meu coração batendo forte, enquanto eu ponderava se não havia enlouquecido e estava inventando coisas.
"Como?" Questionei o maior, cravando minha unha na minha coxa, disfarçadamente para ver se isso era real e sentindo a dorzinha do beliscão.
"Eu estou apaixonado por você Diego, na verdade sempre estive e pensei estar disposto a ser o que você quisesse que eu fosse, porém quando ouvi você falando sobre alguém que, pensei não ser eu, eu surtei, eu pensava em como um rapaz jovem, engraçado e tão, tão bonito, poderia se apaixonar por mim... Então eu te disse que não conseguia manter uma coisa casual com você porque eu queria mais..." Ele foi parando de falar, eu só conseguia pensar em como fomos dois idiotas, perdidos em nossas próprias inseguranças a ponto de não conseguirmos dialogar sobre nossa relação e sentimentos.
"Eu... Eu achei que sabia dos meus sentimentos e estava acabando tudo porque não queria nada comigo..." Falei, abrindo o jogo e sentindo minhas bochechas esquentarem.
"Diego..." Ele colocou a mão sobre minha bochecha. "Quem em sã consciência não se apaixonaria por você?" Eu sorri, ou ri, não sei, um barulho estranho e nervoso escapando por minha garganta.
"Então a gente tá apaixonado?" Perguntei com um sorriso, minha mão por cima da sua.
"Estamos." Ele disse rindo e me dando um selinho. "Mas vamos falar sobre isso amanhã a noite? Em um encontro? Já que sua mãe estará em sua casa hoje... E precisamos terminar o jantar." Eu concordei, meu coração parecendo uma escola de samba num desfile de Carnaval.
"Claro... Nossas mães..." Falei, me lembrando das mulheres, olhando ao redor e vendo as duas pela janela, tentando inutilmente fingir que não estavam nos espiando, bufei. "Elas nem disfarçam..." Eu disse apontando em direção ao jardim, Amaury riu.
"Os atores somos nós..." Foi sua resposta e eu dei de ombros, ele tinha razão afinal.
"Vamos chamá-las..." Quando saímos na porta da sala, um carro parou e seu Geraldo desceu, assim que o homem abriu o portão e viu nós dois na porta, com sorrisos no rosto, ele sorriu também.
"Então o plano da Fátima e da Erika deu certo?" Foi sua pergunta, eu e Amaury nos olhamos confusos.
"Plano?" Perguntamos ao mesmo tempo.
"Nossa, Geraldo!" Foi o que dona Fátima falou, colocando a mão sobre a testa, minha mãe segurando o riso e eu confuso.
"Ahhhh..." O senhor se aproximou da porta, me abraçou forte e em seguida seu filho, as mulheres vindo em nossa direção também. "Elas combinaram um jantar pra unir vocês dois, já que claramente estavam brigados... Eu até fui visitar o João, um amigo meu... Ele fez uma cirurgia na perna..." O homem começou a contar empolgado, então Amaury e eu silenciosamente decidimos deixar nossas mães e suas ideias malucas pra lá, claro que no fim se não fosse por elas, não estaríamos bem e felizes, apaixonados... Suspirei.
O jantar então virou realmente uma coisa de família, com direito a risadas, piadas e histórias vergonhosas de quando éramos jovens, quando a hora de ir embora chegou, Amaury e eu trocamos até mesmo um breve beijo roubado e se naquela noite eu fui dormir pensando em como a vida é uma caixinha de surpresas e com um sorriso no rosto, isso ficaria só para mim.

"Bom dia!" Falei assim que cheguei no local da externa que Amaury e eu íamos gravar, como era em outra cidade, um carro da glo passou me buscar em casa e eu fui direto ao local, todos me cumprimentaram sorrindo, mas meus olhos estavam focados em um único ponto, Amaury sorria pra mim, seus olhos brilhantes fazendo meu corpo todo se aquecer. Eu era um puta sortudo.
"Diego, sua roupa está no camarim." Camila, uma das responsáveis pelo figurino avisou, apontando o trailer estacionado a poucos metros, eu concordei e fui pro local. Entrei e suspirei ou ver o look, ótimo Amaury me chamaria de milho pelos próximos vinte anos.
Quando tirei a camiseta me assustei ao sentir um puxão em minha cintura e um peito colando em minhas costas, eu sabia muito bem de quem era o toque, então apenas sorri, sentindo um beijo ser depositado em meu pescoço.
"Tu tá goxtosa em pipoca..." Foi o que Julinho falou, me fazendo explodir em uma gargalhada e me virar, encarando o homem que ainda me segurava.
"Ah é o Julinho então?" Perguntei sorrindo e acariciando a barba do maior.
"Claro pô, quem maix ia te fazer fácil fora eu?" Eu dei risada, revirando os olhos.
"Que pena, se fosse o Amaury, ele ganharia um beijo... É que eu sou fiel." Comentei como quem não quer nada.
"Julinho morreu." Foi o que o mais alto falou, antes de avançar sobre minha boca nossas línguas disputando pra ver quem sentiria mais saudades, minha mente ficando nublada ao sentir o gosto de chiclete de menta do mais velho no meu paladar, suas mãos passeando por meu tronco nu, enquanto eu puxava sua nuca para mim mais e mais...
"Diego, eu... Ahhhh" Nos soltamos ofegantes, meu coração acelerado tanto pelo beijo quanto pelo susto. "Bom..." Camila começou a dizer, um sorriso se espalhando por seu rosto. "Pelo menos agora as coisas vão voltar ao normal e todo aquele sofrimento acabou né... Só deixem pra fazer isso depois das gravações..." Eu encarei Amaury, que sorria sem graça.
"Eu vou esperar lá fora..." Foi o que ele disse, sua mão deixando um apertãozinho em minha cintura...
Gravamos a cena e fizemos alguns storys, neles eram visíveis nossa felicidade e companheirismo, tanto que alguns fãs apontaram que estávamos alegres de mais para um sábado de trabalho, nos fazendo rir das mensagens engraçadas sobre.
"Hoje, vou te levar pra sair..." Eu sorri, me aproximando mais dele.
"Minha mãe volta pra São Paulo às seis."
"Ótimo... Eu te pego as oito pode ser?" Minha vontade era de dizer que ele podia me pegar a vida inteira se quisesse, porém apenas concordei, recebendo um beijinho na testa, antes de voltarmos a gravar...

Completem comigo:
O choro dura uma noite mas a alegria vem........
Hahahahahaha
FELIZES???????????? EEEM?

Gente sobre capítulos tristes, sei que eles são difíceis maaaaaas são necessários! 
Beijos na bunda, boa segunda.
Amo o'cês.

EstelarOnde histórias criam vida. Descubra agora