three

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S/N SINGER

Despertei com os raios de sol batendo nos meus olhos. Isso indicava que tinha amanhecido. Suspirei. Parece que eu nem descansei. Sentei- me na cama, enquanto coçava os olhos e me espreguiçava, ainda com os olhos fechados.

Mas, quando abro os olhos, vislumbro um ambiente diferente, que não é o meu quarto. Imediatamente dou um salto da minha cama, olhando tudo em volta.

Eu estava em uma espécie de... floresta? As árvores eram altas, e a grama era bem cuidada. Olhei em volta mais uma vez, sem acreditar. Como vim parar aqui? Como alguém trouxe minha cama para cá, sem que eu percebesse? Só posso estar sonhando.

Eu não podia ficar ali plena, deitada na cama em meio a um ambiente desconhecido. Eu estava assustada, mas ao mesmo tempo não podia ignorar a curiosidade que crescia dentro de mim.

Comecei a andar em qualquer direção. Na verdade, comecei a andar pelo caminho que me senti atraída. Também não entendi, apenas segui o caminho que eu sentia que era certo.

Depois de alguns minutos andando, chego a um lago. Um lago similar ao que tem na frente da minha escola, mas, obviamente não é o da frente da minha escola.

Aproximei-me lentamente dele, para olhar minha aparência: exatamente como fui dormir. Como vim parar aqui? Acho que vou quebrar a cabeça se eu for tentar entender.

Passei um tempo olhando meu próprio reflexo no lago, enquanto algumas borboletas passaram rapidamente por mim, fazendo-me tomar um susto.

Assim que voltei a olhar pra o lago, novamente, o leão estava ao meu lado. Dei um pulo com o susto, e imediatamente olhei para o lado.

Mas, dessa vez, ele não sumiu. Ele permaneceu ali, parado, me encarando.

Simplesmente não sabia como reagir. Ora, o que eu ia fazer? Conversar com ele que não, não é?

— S/n.— Ouvi uma voz grave e serena falar meu nome, e quando olho para onde veio a voz, levo outro susto. O. Leão. Está. Falando!!!!!!— Prepare-se, a trompa foi tocada.

— O que? Como assim?— Questionei, com a voz trêmula, deixando transparecer minha confusão. Trompa? Isso por acaso é algum enigma?— Quem é você?

— Logo mais saberá, minha filha.— respondeu ele, com seu tom de voz calmo. Desviei novamente meu olhar para o horizonte.

— Como assim logo mais? Eu... eu não estou entendendo.— Olhei novamente para a direção que ele se encontrava, mas... ele tinha sumido. Olhei em volta, por todas as direções, e... ele não estava mais lá.

...

ACORDEI em um pulo, olhando para os lados e tentando raciocinar o que foi aquilo.

Desta vez, o sonho foi diferente. Nos outros, ele só aparecia para mim sem falar nada. Agora ele falou. Mas, o que será que ele quer dizer com isso? Trompa? Como assim? Como ele sabe meu nome?

E também, diferentemente do sonho, estava chovendo muito forte lá fora.

Passei a mão pelos meus longos cabelos, e logo passei pelo rosto. Meu coração estava acelerado, mas eu não sentia cansaço algum. Pelo contrário, sentia minhas energias revigoradas.

Levantei-me num pulo da cama, e fui diretamente ao banheiro fazer minhas higienes matinais, e me preparar para a escola.

Coloquei uma tiara branca, para tentar abaixar o arrepiado, e meu uniforme: uma saia escura, um pequeno short, em risco de ventanias, a blusa branca com a gravata, e coloquei um casaco também, porque estava frio.

flipped.- Edmundo Pevensie & S/nOnde histórias criam vida. Descubra agora