twenty one

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EDMUNDO PEVENSIE

Odeio guerras, e principalmente quando a vida das pessoas que eu amo estão em jogo. Meio que eu sinto um trauma por isso, quando meu pai foi convocado para a segunda guerra mundial.

Sofri muito com saudades dele, pois ele é quem mais me entende nesta família. Agora, o cenário era outro.  Minhas irmãs e irmão, e a minha garota estavam correndo risco de vida também.

Senti medo de olhar para os lados e ver o corpo de algum deles pelo chão. Mas, graças a Deus, tudo isso acabou.

Nesse exato momento, estávamos voltando da coroação de Caspian. Ele foi coroado diante de todo o povo de Telmar, e de todos os narnianos. Todos estavam muito felizes. Voltávamos nesse exato momento montados a cavalo, sendo seguidos por multidões até o castelo. Mais tarde iria acontecer uma festa em comemoração a paz. Aslam caminhava a nossa frente, e Caspian logo atrás.

S/n estava linda. Usava um vestido verde claro de mangas compridas, com seu penteado casual e algumas flores no cabelo como adereço. Vez ou outra eu me pegava a admira-la, sem que eu mesmo pudesse perceber.

Cavalgávamos em meio a euforia do povo, alguns jogando flores pelo caminho.

Lúcia olhou para mim, com um vestido rosa claro, e abriu um sorriso sincero, que eu logo retribuí.

Para conseguirmos entrar no castelo foi uma loucura

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Para conseguirmos entrar no castelo foi uma loucura. Os guardas tiveram que barrar as multidões. Tiveram momentos que algumas pessoas agarraram minhas roupas e eu quase caí do cavalo. Foi caótico.

Mais tarde haveria um baile organizado pelos nobres, e precisamos nos organizar nos quartos em que passaríamos a noite.

Na última vez em que estivemos aqui, não entrei propriamente dentro do palácio real, mas não me assustei ao vislumbrar a quantidade enorme de cômodos e quadros antigos.

Diferente do tempo em que ficamos na tumba, aqui cada um poderia ter seu próprio quarto. Embora eu goste de dividir quarto com meu irmão, achei bom ter um pouco de privacidade.

Assim que adentrei o quarto, senti um cheiro de um aroma artificial de canela. Uma cama de casal estava posicionada ao meio, uma pequena cômoda nas suas pontas, havia uma escrivaninha e uma enorme estante de livros. Mais à frente, tinha uma varanda que me permitia ver os bosques. Suspirei, cansado, enquanto uma onda de alívio se espalhava pelo meu peito.

O quarto de Pedro ficava ao meu lado, enquanto os das meninas localizava-se um pouco mais distante dos nossos.

E então, saí do quarto e fechei a porta. Olhei em volta, e percebi que era um corredor enorme e deserto. Poucos segundos depois, meu irmão abriu a porta do próprio quarto — que ficava ao lado do meu — e caminhou até mim.

flipped.- Edmundo Pevensie & S/nOnde histórias criam vida. Descubra agora