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DIAS ATUAIS
Kimberly
Às 16:32

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Ele tem que ir embora daqui, Meu Deus faz ele parar!  Gus batia na porta do quarto exigindo que eu abrisse. Mas eu não queria, não queria ter que encara-lo depois da minha confissão. Se as coisas ficarem difíceis eu teria que ir embora, oque significa que eu devo ir agora.

Eu embolava minhas roupas e enfiava dentro das malas, fiz o mesmo com as roupas de Agnes.

— Precisamos conversar.

— Eu não quero conversar com você, já soube oque tinha que saber então... — Fui interrompida pelo baque da porta sendo aberta.

Todo meu corpo ficou tenso quando sua presença encheu o quarto.

— Quero uma explicação. Você me deve isso.

— Eu não te devo nada. E você sabe muito bem como um bebê nasce, nós nunca deveríamos... aquilo foi um acidente.  — Eu nunca quis engravidar dele, não desse jeito. Nunca quis pessoas me chamando de interesseira e farcista.

— Não foi um acidente Kim eu estava lá. Eu estava lá porra! — Ele me virou sem gentileza alguma. Fúria era tudo oque eu via em seus olhos, fúria e um desejo contido.

Cada parte do meu corpo estremeceu, eu não queria lembrar. Eu não devia lembrar daquelas coisas, das coisas que já fizemos. Do seu aperto, dos gemidos, seu calor, seus beijos, seu gosto, seu perfume... Deus do céu?! Eu nunca consegui esquecer seu cheiro.

— Por que foi embora?

— Não leu minha mensagem? — Rebati grosseiramente.

Ele rangeu os dentes.

— Por que está fazendo isso?— Sua voz era tão pesada que se acumulou em meu estômago. — Por que quer tanto que eu a odeie? Acha que eu não te odeio o bastante para não te querer em minha vida?

Me engasguei com um soluço, eu estava cansada de choro. Eu estava muito, muito cansada. Encarei seus olhos vermelhos, seu rosto inchado e veia do pescoço alterada.

— Não vamos estragar a festa deles.— Minha voz era tão baixa que eu não tinha certeza de que ele podia me ouvir. — Por favor Gus...

— Por favor Gus...?— Ele repetiu incrédulo.— Está me pedindo por favor? Eu só quero que me diga o motivo. Oque eu te fiz? Oque eu te fiz Kim?

— Não me chame de Kim!

Ele agarrou meus pulsos quando o empurrei para longe já tonta pelo seu perfume. Uma sacodida forte que me fez apoiar-me nele. Seus músculos rígidos por baixo do tecido. 

— Por que? Não vai me dizer que ainda sente algo por mim... — Estremeci mais ainda quando um sorriso perverso brotou em seus lábios. — Kimberly... Kimberly.  — Ele enfiou seu rosto em meu pescoço.

— Não faz isso, Augusto... — implorei quando sua língua passou pela minha pele.

Soltei um suspiro quando ele gemeu, meu coração rasgando meu peito martelando minha costela. Não posso gostar disso, ele está brincando comigo.  Gus ms destruiria, ele.me destruiria como um dia eu havia feito com ele.

 (Des) sintonizados.Onde histórias criam vida. Descubra agora