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Eu não queria, mas Sinto falta de cada momento, foi tão fácil gostar de você Kim.  Eu não queria admitir, mas me apaixonei por você desde que te vi naquele uniforme tosco. talvez possamos consertar as coisas e...  

*Desistiu de escrever e rabiscou*

Sinto sua falta, Sinto sua falta, Sinto sua falta, sinto sua falta, sinto sua falta, sinto sua falta, Sinto sua falta, Sinto sua falta. Sinto sua falta, Sinto sua falta, Sinto sua falta, Sinto sua falta, Sinto sua falta.

Segunda carta do Augusto destinada a Kimberly, dois anos depois da sua partida.


🎸

— A última vez em que ele foi visto foi uma quadra de distância da sua casa.— Dante virou seu notebook para nos mostrar. 

— Mas ele morava perto da minha casa, coisa de duas quadras. — Ross disse com preocupação.

— Sabemos disso, mas não acredito que seis anos é o suficiente para que ele esqueça disso. — O detetive disse. — Mas curiosamente tempo depois ele foi visto próximo ao Deque.

Anie empalideceu.

— É lá que eu e meu marido moramos.

Dante assentiu.

— Nathaniel sabe disso.  — O Detetive Murmurou. 

Anie e Bryan se entreolharam. O ar ficou denso e meus amigos tensos enquanto escutavam tudo em silêncio. Até que Ross ergueu o celular chamando.

Meu coração parou por uma, duas, três vezes.

— Nora, grampeia a chamada. — Dante disse para sua ajudante no canto da cozinha. Ela assentiu e se aproximou da bancada.

— E oque eu faço? — Ross Murmurou nervosa.

— Você atende. — Ele disse tentando traquiliza-la.— Você é a dona de uma agência, pode ser só um cliente...

— Ou pode ser o Nath.

Ela assentiu com as mãos trêmulas e levou o celular à orelha, James pôs a mão nas suas costas tentando demostrar que ele estava ali. Foi Ivy quem teve sua privacidade violada, foi ela que aguentou ameaças por semanas, messes de Nath. Um aperto em meu peito enquanto meus olhos cheios de expectativas observavam ela. Dedos roçaram o meu, era Kimberly que se aproximou com os olhos aflitos.

Enquanto isso, Dante ouvia atentamente o que era falado pela chamada grampeado.

— Alô? —  Silêncio longos silêncio, O detetive ergueu o polegar precionando os fones no ouvido.

Por favor, que seja notícia de Agnes, de que ela está bem, de que ela está viva, por favor Deus, por favor...

Os olhos de Ivy se arregalaram.

— Onde está minha sobrinha Nathaniel? — Ela esbravejou. — Sabemos que foi você.

Um Agnes abafado soou ao meu lado, Kimberly arregalou os olhos e avançou, segurei seu pulso e neguei fazendo sinal de silêncio. Todos se mantêm imóveis e quietos, apenas as respirações pesadas e a voz de Ivy soava.

 (Des) sintonizados.Onde histórias criam vida. Descubra agora