Capítulo 16- Mommy.

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T.A.]...

Priscila: - Vem... pode sentar aí. A mamãe ainda não chegou do trabalho. 

Rafaela: - Ela trabalha muito longe, daqui? - Fala a olhando.

Priscila: - Não, não. Daqui a pouco, ela deve estar voltando. Mas... eu vou preparar umas torradas e fazer suco, para a gente. Você quer?

Rafaela: - Quero sim. - Fala com um leve sorriso.

Priscila: - A gente estuda na mesma escola, mesma sala, mas não nos falávamos, né? Foi bom, esbarrar em você. - Fala a olhando. - Fica aqui. Não vai embora. Eu já volto, tá? Também irei trazer uma bolsa de gelo, para pôr em seu joelho. Eu fiz você cair. Mas foi sem querer, eu juro.

Rafaela: - Tudo bem. Já passou. Nem está doendo. - Fala a olhando.

Em seguida, a Priscila vai até a cozinha e, a Rafaela fica na sala, observando tudo e pensando, como elas tinham coisas chiques, elas sendo pobres, pois a Priscila estuda numa escola pública. 15 minutos depois, a Priscila volta.

Priscila: - Olha, pooo...de comer. - Quase não termina a frase, ao estranhar algo. - Você tem muitos amigos?

Rafaela: - Não. E você? - Fala pegando uma torrada, toda desconfiada.

Priscila: - Alguns. Mas são aqui da rua. Não estudam na mesma escola. Só um, que é o Rôdi. Minha mãe vai conseguir uma oportunidade, para eu fazer uma prova e ganhar uma bolsa, naquela escola bem no centro da cidade. A gente pode estudar e eu peço para a mamãe conseguir para nós duas. O que você acha? - fala com um sorriso, a olhando.

Rafaela: - Você me ajudaria, a estudar, para entrar naquela escola de gente rica? - pergunta impressionada.

Priscila: - Sim... se a mamãe conseguir que o dono do colégio, deixe a gente fazer a prova...

Neste momento, a mãe da Priscila chega.

D. Beatriz: - Oi, filha. - Beija sua cabeça. - Como foi seu dia, hoje? Fez uma amiguinha nova? - Fala vendo a Rafaela pela primeira vez.

Priscila: - Sim... esbarrei nela, na escola, hoje. Até a machuquei. Mas foi sem querer. Eu me distraí, mamãe.

D. Beatriz: - Tudo bem, filha. Você a trouxe para casa, pôs bolsa de gelo e fez um lanche para as duas e... acho que a... como ela se chama?

Priscila: - Rafaela, mamãe.

D. Beatriz: - Bom... acho que a Rafela, te desculpou. Onde você mora? A gente vai acompanhar você até em casa.

Rafaela: - Não! Quero dizer: obrigada! Mas não precisa. A senhora deve estar  bem cansada. Eu posso ir sozinha.

D. Beatriz: - Estou muito cansada mesmo, pequena. Então se cuida, tá? E volta mais vezes. Não é porque é minha filha não, mas a priscila é uma ótima amiga.

A Rafaela olha para a priscila com um olhar de admiração e carinho.

D. Beatriz: - Filha, após se despedir da Rafaela, venha até mim. A mamãe trouxe algo para você. Tchau, Rafaela. - Beija a cabeça dela, a deixando sem reação, e se afasta delas.

Rafaela: - Priscila, você poderia ir pegar um pouco de água, para mim?

Priscila: - Claro que sim. Eu já volto. - Fala e vai pegar a água.

Quando a Priscila volta, a Rafaela não estava mais lá. E o que a Priscila havia sentido falta, estava de volta, no mesmo lugar.

Priscila: - Ela ia nos roubar. - Fala sentando no sofá, pensativa. - Bom... a mamãe sempre fala, que não devemos julgar, sem conhecer a realidade das pessoas. Talvez, ela esteja precisando de dinheiro. E o importante é que, ela se arrependeu e deixou o que ela pegou no lugar. Ele tem um valor sentimental, para a minha mãe.

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