Capítulo 9- Eu me apaixonei por você.

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Natalie...

Confesso que temi, que fosse o fim, do meu contrato com a Priscila. Temi porque... porque ela sempre me tratou tão bem. Eu lutei para odiá-la, mas só a admiro a cada dia. Logo no início, eu não parava de pensar em como uma pessoa milionária e que tinha funcionários, cuidava de sua casa sozinha. Aos poucos, fui percebendo a mulher incrível, que a Priscila é. Hoje eu já aceito, o fato de algo maior, não me permitir odiá-la. Algo que não consigo explicar. Ela ainda ia jantar com a Rafaela. Enquanto isso, eu decidi vim tomar um banho, pus um baby Doll e fiquei esperando-a. Eu não sei que rumo essa conversa irá tomar. Quero muito falar o que estou sentindo por ela, mas tenho receio que... receio que ela fale que gosta da Rafaela. Acho que elas têm alguma coisa. Só não sei o porquê negam. Mas como a Rafaela aceita que ela se case com outra? Se bem que, as regras do contrato, já deve ter partido da Rafaela: não tocar em mim, não me ter e nem cobrar nada, como mulher. Depois de um tempo, fiquei andando de um lado para o outro, achando que a Priscila não viria. Mas ela bateu na porta do quarto e, logo abri.

Priscila: - O-oi. - Fala sem tirar os olhos da Natalie de Baby Doll marcando seu lindo corpo. - A gente pode conversar na sala? - Fala ainda a admirando.

Natalie: - Qual o problema? É porque estou de Baby Doll? Tem problema? Posso trocar de roupa, se você for ficar mais à vontade.

Priscila: - Não, não. Está tudo bem. - Fala sem jeito.

Natalie: - Vem, entra. Estamos a sós na casa? - Pergunta a olhando.

Priscila: - Sim, estamos a sós. Podemos conversar sem ninguém para atrapalharmos. - Fala a olhando fixamente, sem conseguir disfarçar o quanto estava encantada. - Pode perguntar o que você quiser. Darei as respostas que tanto você quer.

Natalie: - Você e a Rafaela, namoram?

Priscila: - Não foi desse tipo de pergunta, que eu falei. - Fala surpresa.

Natalie: - Mas pode me responder essa? - Fala a olhando.

Priscila: - Tá bom. Posso. Não namoramos. Não tenho nada, com a Rafa. Apenas ficamos, às vezes.

Natalie: - Entendi. E... o Victor? Você foi casada? Fez inseminação artificial? Está tentando conseguir a guarda dele? - pergunta a olhando.

Priscila: - Essa foi a primeira vez que me casei. E... Não precisaria fazer inseminação porque... - Fica sem jeito. Encara o chão e logo em seguida, a Natalie. - Eu sou intersexual. Mas... o Victor, eu... eu estou tentando adotá-lo .

Natalie: - Você é intersexual? - Fala surpresa. - Péra! Você disse que quer adotar o Victor? - Pergunta impressionada.

Priscila: - Por que o espanto? Acha que não serei uma boa mãe? Não ver problema, numa mulher inter?

Natalie: - Não. Quero dizer, sim. Claro que você será uma boa mãe. Uma ótima mãe. Excelente mãe... Só não imaginei que você quisesse uma responsabilidade desse tamanho, para você. Pensei que você queria curtir a vida, sabe? Ele é um menino muito especial, sabia? E quanto a você ser intersexual, acho curioso e, não faz muita diferença, para mim. Gosto das pessoas, não pelo que tem entre as pernas, mas sim, pelo caráter.

Priscila: - Obrigada! É muito bom, saber que não se importa. E é pelo fato de está querendo adotá-lo, que fiz essa proposta. Não quero comprar meu filho, entende? Não quero conseguir a guarda dele, pela quantidade de dinheiro que eu tenho. E estar casada, ajuda muito, no processo da adoção. Entende agora, o que eu ganho, mesmo não tendo você como mulher? - Fala a olhando.

Natalie: - Sim. Eu entendi. Mas não entendo o porquê de... de ter me escolhido. Por que não se casou com a Rafaela, que é arriada os quatro pneus por você.

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