Capítulo 47 - O que tiver de ser; será.

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Natalie...

Hoje me levantei antes da Priscila. Eu quase não dormi, ansiosa para saber de onde meu pai conhecia a mãe da Rafaela. Decidi ir logo, sem nem falar com a Pri. Espero que ela não fique chateada. Eu não queria acordá-la e nem que ela ficasse preocupada comigo. Por tudo que eu conhecia da Rafaela, que a Priscila já havia me contado, assim que o papai chamou a Rafaela de Lena e a Priscila falou que era o nome da mãe da Rafaela, eu já paralisei por dentro. Em minha mente passava milhares de coisas. Fui na casa do papai para saber de onde ele conhecia a mãe da Rafaela e descobri algo que eu nunca imaginei. Meu pai e a mãe dela passaram uma noite juntos. Isso faz eu ter mais chances de estar certa, quantos a alguns pensamentos. E a verdade é que eu não sei mais o que pensar, nem o que falar. Mas preciso de uma coisa; um exame de DNA. Será que o pai que nunca esteve presente na vida da Rafaela é o mesmo que sempre esteve presente em minha vida? Eu nem quero imaginar a hipótese de ser irmã dela. Ela é apaixonada pela minha esposa, já ficaram, enfim... como seria? Na verdade, não faço ideia. O que eu sei é que, eu, que sempre quis ter uma irmã; gostaria muito, que isso fosse somente um pesadelo. Depois de uma conversa breve com o papai, da qual eu não tinha mais palavras: voltei para casa. Quando eu cheguei, meu filho estava brincando com a vó e com a mãe.

Natalie: - Oi, gente. Voltei. Bom dia, meus amores! - Fala olhando para o pequeno e para a esposa, em sequência.

Victor: - Bom dia, Mamãe! A senhora nem tomou café com agente. Mas a vovó falou que a senhora foi ver o vovô.

Natalie: - Sim, a mamãe foi. Desculpa, não ter tomado café com vocês, viu?

Priscila: - Amor, sei que você estava ansiosa. Mas não poderia me chamar? Eu iria com você.

Natalie: - Eu não quis te acordar, amor. E ao menos eu ou você com o nosso pequeno é bom, para ele não ficar se sentindo sozinho. E voltei logo, né?

Priscila: - Voltou sim. Bom dia, meu amor! - Dar-lhe um selinho. - Conversou com o seu pai? - pergunta a olhando.

Natalie: - Sim. Filho, a mamãe vai só conversar com a mamãe Priscila aqui na cozinha e retornamos já, tá?

Victor: - Tá bom, mamãe. - Fala as olhando.

As duas olham para a dona Beatriz, que entende.

Dona Beatriz: - vão lá. Ele está com a Vovó. - Fala e as duas vão até a cozinha.

Natalie: - Então... O que eu estava suspeitando pode ser verdade, amor.

Priscila: - Do que você está falando? - Pergunta sem entender.

Natalie: - O que eu estava pensando, sobre meu pai conhecer a mãe da Rafaela.

Priscila: - Ele falou, de onde eles se conhecem?

Natalie: - Isso se tornou o de menos, para mim.

Priscila: - Não estou entendendo. Você queria tanto saber.

Natalie: - Só que, diante de outra informação, essa passou a ser de menos. O meu pai, já ficou com a mãe da Rafaela. Foi uma noite, meu pai falou. Mas sabemos que é suficiente, para a Rafaela ser filha dele.

Priscila: - Amor, isso é algo delicado. A Rafaela sempre sentiu falta de um pai. Sempre quis saber quem era o pai dela. Ela vivia me falando que um dia, iria encontrar o pai dela, que ele não havia morrido.

Natalie: - Irei no hospital. Quero que me ajude a fazer um exame de DNA com ela, sem que ela saiba.

Priscila: - Amor, olha o que você está me pedindo...

Natalie: - Eu sei. Mas é melhor do quê darmos uma esperança e depois ela se frustrar, caso dê negativo.

Priscila: - Eu ajudo você. Mas com uma condição. Porque você sabe que a Rafaela pode ficar muito brava comigo, né?

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