Capítulo 42- A Rafaela sofreu um acidente.

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Priscila...

Sabe quando você precisa de um tapa na cara, para se dá conta de alguma coisa? Pois é... ontem, eu precisei levar um tapa na cara, para entender não sou a única do meu relacionamento, que tem sentimentos. Enquanto eu comemorava os 20 anos de amizade com a Rafa, eu pensava na minha esposa. Imaginava que ela estava em casa, no quarto sozinha, imaginando mil e uma coisa. Chegou um momento que eu decidi ir para casa antes do combinado com a Rafa e, quando cheguei em casa e não vi minha esposa, imaginei várias coisas ruins. Mas pior, foi vê-la chegando com a Karol. Eu só pensava besteira. Mas percebi que a minha esposa não precisava ficar em casa, dando espaço para a mente dela pensar besteiras, como eu dei para a minha. A única coisa que não podemos fazer, é faltar com respeito. Do resto; somos livres. Eu entendi isso. A Natalie é o amor da minha vida. O fato dela ter namorado apenas homens e eu ser a única mulher da vida dela, me causa um insegurança. Vocês podem imaginar, o quanto estou insegura nesta manhã, saindo para o hospital, com a Natalie, para ela rever o Ex e o ajudá-lo. Mas eu acredito que posso trabalhar essa insegurança aos poucos.
Só espero que a Natalie tenha paciência e não me deixe. Já ouvi dizer que insegurança e ciúmes acabam com relacionamentos. Nós acordamos cedo, tomamos café e acabamos de chegar aqui no hospital.

Atendente 1: - Olá, bom dia! Em que posso ajudá-las? - Fala e a Priscila nota que é novata.

Priscila: - Gostaria de saber o leito da dona... - Olha para a Natalie.

Natalie: - Dona Zilda Carvalho de Moura.

Atendente 1: - É parente de vocês?

Natalie: - É mãe de um amigo. - Fala a olhando.

Atendente 1: - Sinto muito. Mas se não são parente da paciente, não poderei passar essas informações.

Priscila: - Desde quando, isso é assim? - Questiona a olhando.

Atendente 1: - Desde hoje. Ou melhor: desde agora. - Encara a Priscila e olha para a Natalie. - E querem um conselho: evitem andar de mãos dadas na rua. É perigoso. Vocês sabem, né? As pessoas não gostam de...

Priscila: - Nem complete essa frase, por favor! Tão jovem e tão cheia de preconceito no coração. Você deveria estudar sobre o que é respeito. O mundo é de todos nós e, cada um, vive da maneira que quiser. A vida é feita de escolhas. As pessoas escolhem suas felicidades. E a felicidade é relativa de cada indivíduo. Posso estar enganada, mas você parece ser uma pessoa infeliz.

Atendente 1: - Infeliz? Eu moro com minha vó, tenho um emprego onde ganho super bem, porque a dona disso aqui é incrível. Paga um salário alto, para verem seus funcionários sempre bem. Essa sim, sabe ser uma mulher.

Neste momento, o Cadu aparece na recepção.

Cadu: - Natalie? - A chama e logo a abraça.

Natalie: - Oi, Cadu. - Retribui o abraço. - Essa é minha esposa. - Fala e a Atendente balança a cabeça em negativa.

Cadu: - Oi. Meus parabéns, viu? Seu hospital é incrível! Eu juro que irei pagar tudo. E parabéns pela escolha dos profissionais. Seus funcionários são maravilhosos.

Priscila: - Obrigada! Mas acho que nem todos os funcionários, foi uma boa escolha. - Fala olhando para a atendente que já a encarava sem saber o que falar.

Natalie: - Você está em qual quarto, com a sua mãe?

Cadu: - No 20⁰ quarto, leito 3.

Natalie: - Vamos indo lá. Quero ver a dona Ziza. Acho que a Priscila precisa resolver algumas coisas.

Priscila: - Sim, eu já alcanço vocês. - Fala e os dois saem. - Quanto a você, só vou te dar um conselho: Respeite as pessoas e a vida delas.

Neste momento, outra atendente chega.

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