PRISCILA...
Esperei muito por este momento que estou vivendo agora. Do meu casamento com a Natalie, até a audiência da guarda do Victor. Não vejo a hora de tê-lo em meus braços. O Victor é a melhor escolha da minha vida. Ele me deu um caminho para seguir. Me mostrou que vale a pena, viver, mesmo quando tudo parece estar desabando. O Victor já sofreu demais. Sofreu de maneira que vocês não conseguem imaginar. Meu maior medo, é não conseguir ajudá-lo a superar seus medos. Mas acredito que, com a ajuda da Natalie e da mamãe, eu irei conseguir. Também tenho receio de não conseguir educá-lo como a mamãe me educou. Mas farei o possível, para dar ao meu filho, uma boa educação. Neste momento, meu coração está quase saindo pela boca, pois começou a audiência da guarda provisória do Victor. Meu coração está apertado. Mas creio que nada dará errado.
Meritíssimo: - Priscila Pugliese, a senhora, é uma mulher pública. A senhora é a mulher mais rica do Rio de Janeiro. Em suas entrevistas, falou várias vezes que ser mãe, não era algo que você sonhava, para a sua vida. Inclusive, tem uma entrevista, que a senhora diz: não penso em ter filhos. Na verdade, tenho medo da maternidade. Tenho medo, de não educar meu filho, como a minha mãe me educou. Me mostrando o dever de respeitar as pessoas e sentir empatia, pelas mesmas. O que mudou, nestes meses, em que a senhora luta, pela guarda do menor?
Priscila: - De fato, meritíssimo Juíz, eu nunca planejei ser mãe. Nunca me passou pela cabeça, ter um filho biológico ou até mesmo adotar uma criança. De fato, sinto medo, de não conseguir educá-lo da melhor maneira, assim como a minha mãe me educou. Pois se eu estou onde estou, é por causa da educação que ela me deu. Quero que meu filho entenda que o respeito pelas pessoas é um dever do ser humano. Quero que ele saiba que empatia salva o mundo. E quero que o senhor saiba, que o Victor mudou muita coisa em mim. Ele me fez enxergar muitas coisas e, me apresentou ao amor incondicional. Aquele que vai além de tudo que podemos imaginar. Que nos dar a capacidade de fazermos tudo. Inclusive aquilo que jamais pensávamos sermos capazes. Sim, sou uma pessoa pública, mas sou uma pessoa que nunca esquece de onde veio.
Meritíssimo: - Você não acha, que ser uma pessoa pública é tão rica, traz riscos para o Victor?
Priscila: - Corremos riscos o tempo todo, sendo rico ou não. Mas eu jamais deixarei nada, acontecer com meu filho. Nem que eu tenha que investir toda a minha fortuna em seguranças. Claro, de forma que não assuste meu filho. Nunca andei com seguranças 24h ao meu lado. Mas entendo o ponto de vista do senhor. E asseguro, que não deixarei ninguém, encostar em meu filho. Pois terá que passar por mim, primeiro.
Meritíssimo: - A senhora, aos 15 anos, era atleta de Muy Thay e karatê. Com 16 anos, quebrou o nariz de um homem com 26 anos, numa briga, n praia. Você se julga uma pessoa agressiva? O que diria para seu filho, no caso dele ser provocado para uma briga?
Priscila: - Não, senhor. Não me considero uma pessoa agressiva. Nunca fui. Mas não suporto que mexam com a minha família. Aquela briga, foi para defender a minha mãe, daquele homem que eu não teria os melhores adjetivos, para descrevê-lo. Mas hoje, eu sei o quanto a minha atitude poderia piorar as coisas. Jamais, partiria para uma briga, sem antes, tentar resolver numa conversa. E o mesmo eu ensinarei para meu filho: partir para a briga, seja ela verbal ou física; jamais valerá a pena.
Meritíssimo: - Como o Victor lida, com o fato de ter duas mães?
Priscila: - Da melhor maneira possível, Meritíssimo. Ele nos chama de mamãe e não vê a hora de estar ao nosso lado. Sem visitas, sem ter que se despedir. Toda vez que eu falo "tchau", em breve eu volto. Tenho que ser forte, para lidar com os olhos cheios de lágrimas do meu pequeno. Tudo que queremos, é a oportunidade de cuidarmos um do outro.
Meritíssimo: - Você acha que será uma boa mãe, para esse menino? Acha que dará o amor que toda criança precisa?
Priscila: - Na verdade, eu não sei, se serei uma boa mãe. Vai depender muito do olhar dele, também. Ser mãe, já é o maior desafio que pode existir. Ser uma boa mãe então... Então eu não sei, se serei uma boa mãe para ele. Mas o que eu tenho absoluta certeza, é que, ele será muito amado. Minha esposa, minha mãe e eu, o amaremos muito.
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A PROPOSTA
FanfictionNatalie Smith, 35 anos. Filha de pais ricos, já nasceu em berço de ouro. sua mãe faleceu há 7 anos e, atualmente, a Natalie mora com seu pai, Leandro e, sua madrasta, Gabriela, que tem quase a sua idade. Depois de alguns investimentos ruins, a famíl...