Capítulo 24- Ficante, Natalie.

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Natalie...

Nunca fui uma pessoa ciumenta. Nunca me importei se meu namorado conversava com outra mulher ou não. Até sair com os amigos e as amigas dele, eu achava tranquilo. Nunca me senti insegura ou algo do gênero. São tantas coisas que eu nunca. Com a Priscila é diferente. Mas não consigo explicar. Perto dela, me sinto segura, protegida... Ela se preocupa comigo e cuida de mim como ninguém. Até mesmo quando tínhamos apenas um contrato, entre nós. Mas ela é assim: protege, cuida, gosta de estar perto, se preocupa, é gentil, humilde, empática... e foi cada detalhe desse lado dela, que fez eu me apaixonar por ela. E agora, eu percebo que, tudo que eu não sentia, passou a fazer parte de mim como: ciúmes, insegurança, medos... O amigo da Priscila chegou, sugeriu de almoçarmos fora e achei uma ótima ideia. E no início estava parecendo que sim, havia sido uma boa ideia. Mas não foi. A gente conversou bastante, conversamos sobre a época da escola, enfim... até senti que o Rodrigo e a Rafaela estão me respeitando como namorada da Priscila. Estão respeitando nosso relacionamento e espero que eu não esteja enganada. Estava tudo ótimo, até que se aproximou uma mulher chamada Carla e, eu a senti incomodada com algo e isso me deixou chateada, com ciúmes, não sei. Para completar, a Priscila não me apresentou como namorada dela e ainda passou uns 15 minutos conversando com ela, um pouco distante da gente. Nossa! Como eu me controlei. Mas quando chegamos, eu não consegui mais. Quando chegamos e o Rodrigo subiu para o quarto, eu não consegui ficar calada. A questionei sobre quem é aquela mulher, o porquê dela ter se incomodado com a presença dela... Ela ficou calada me olhando, e eu continuei...

Natalie: - É sua ex? Você não vai falar nada? - Pergunta a olhando.

Priscila: - Natalie, se acalma, tá? Vamos subir para o quarto. A gente conversa lá. Por favor! Se acalma e me escuta. Não quero que a gente brigue por algo insignificante. - Fala calma.

Natalie: - Insignificante, Priscila? O que você iria achar, se eu passasse 15 minutos, conversando com um homem que você nem conhece? Me fala.

Priscila: - Eu não iria gostar, tá? Iria te perguntar e te ouvir. Então eu te peço: vamos subir para o seu quarto e lá, conversamos. Por favor!

Natalie: - Okay, Priscila. - Fala e sai em direção ao quarto.

A Priscila respira aliviada, pois ali, ela ficaria mais à vontade, para conversar com ela, sem receio que o Rodrigo aparecesse. Logo, entram no quarto. A Natalie senta na cama, com a costa encostada no espelho da cama. A Priscila senta de frente para ela.

Priscila: - Natalie, eu entendo o fato de você ter ficado chateada, tá? Eu também ficaria. Mas é complicado... tem muita coisa que ainda não sabemos uma sobre a outra e, de mim tem muitas coisas que você não sabe. E que não dar para eu simplesmente falar assim...

Natalie: - Por que não? Você quer dizer que não pode me falar quem é aquela mulher e o porquê você não me apresentou como namorada e sentiu um certo incômodo, com a presença dela? - Pergunta confusa.

Priscila: - Não estou falando isso, Natalie.

Natalie: - Então me fala quem é ela? Uma ex-namorada sua?

Priscila: - Não. Quer dizer; acho que não. - Fala tensa.

Natalie: - Você parece tensa. O que foi? Eu não estou gostando, Priscila. Como você ACHA? Ela é sua ex-namorada ou não?

Priscila: - Natalie, a gente era... era ficante. - Fala decidindo omitir algo.

Natalie: - Só ficante? Por que não me apresentou como namorada? Por que você pareceu incomodada com a presença dela?

Priscila: - Ficante, Natalie. Eu não me senti incomodada. Só pareceu, tá? E... eu não apresentei, porque... porque com certeza ela sabe. Ela deve ter visto sobre o meu casamento.

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