Capítulo 35- Dona Carmén!?

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Natalie...

Eu amo a Priscila, confio muito nela. Mas o que ela está me falando, eu não consigo ficar tranquila. Que ela comemore com a amiga dela, tudo bem. Mas eu imagino como elas costumavam comemorar e, não vou querer que as duas bebam e acabem querendo reviver o passado. Porque se isso acontecesse e a Priscila desse a bebida como desculpa, eu não aceitaria. A Priscila preferiu conversar depois sobre isso. E eu me conheço: independente do que ela falar: eu não vou aceitar uma comemoração das duas, num apartamento sozinhas, por 24h. Hoje, o dia passou voando. Mas na verdade, eu queria que não tivesse passado tão rápido, pois não queria ter tido uma mesma conversa com a Priscila. Mas eu percebi que não poderia fugir disso. Mais tarde, após o Victor dormir, eu e a Priscila tomamos um banho e, eu já senti que ela queria conversar sobre, então sentei ao lado dela na nossa cama.

Natalie: - Pode falar, Priscila. Eu sei que você quer continuar aquela conversa.

Priscila: - Amor, me escuta, tá? Não fica brava comigo. Além de tentar me entender e compreender, eu quero que você confie em mim. É isso que eu estou te pedindo.

Natalie: - Você já se ouviu, Priscila? Já ouviu o que você está me pedindo? Já te falei que não é sobre confiar em você ou não. - Fala desanimada. - É sobre eu saber dos sentimentos dela por você. É sobre eu saber que vocês vão beber e não sei o quanto irão beber e, o que, poderá acontecer, com ambas bêbadas. Eu te amo, Priscila. Mas se um dia, você vacilar comigo e culpar a bebida, mesmo assim será o fim da nossa história.

Priscila: - Amor... Eu não vou beber muito. Eu prometo.

Natalie: - Sim, ótimo! Mas precisam passar 24h juntas? Como você acha qur irei dormir, pensando na minha esposa, que estará na cama, com uma mulher que a ama desde a adolescência. Você me ama desde sempre e, nunca desistiu. Olha onde estamos.

Priscila: - Sim, exatamente. Olha onde estamos: Casadas e com um filho para criarmos. Você acha que eu iria permitir que tudo isso se acabasse?

Natalie: - Fazendo isso que você está querendo fazer, você vai acabar permitindo, sim. Mas de verdade; faça  o que você quiser, Priscila. Só quero deixar claro, que eu não não estava de acordo. Mas não quero mais falar sobre isso. Não quero acordar o nosso filho e que ele nos escute e pense que estamos brigando. Vou lá na cozinha beber um pouco d'água. Boa noite! - Sai em direção a cozinha.

Priscila: - Amor... Amor? - A chama mas a Natalie ignora.

A Priscila põe a mão na cabeça, pensativa, confusa, sem saber o que falar, o que fazer. Mas logo toma uma decisão e vai atrás de sua esposa.

Priscila: - Amor? - Fala entrando na cozinha, a vendo encostada na pia, tomando água. - Amor... Não chora, por favor! Eu não quero que fique assim. Eu te amo! Você e nosso filho são minhas prioridades. Eu vou conversar com a Rafa, tá? A gente vai comemorar. Mas eu te prometo, que não beberei nada com álcool. Tudo bem, assim?

Natalie: - Como você quer que eu fique? Se põe em meu lugar, por 5 minutos, Priscila. Virá para casa? Ficarão no apartamento sozinhas?

Priscila: - Venho para casa, tá? Provavelmente iremos para o apartamento almoçar. Porque ficamos mais à vontade.

Natalie: - Mais à vontade para quê?

Priscila: - Conversarmos, meu amor. Sem ter que sair do lugar. Você acha o quê, que eu irei trair você com a Rafa, é isso? Eu nunca, nunca faria isso com você, a nós, com a nossa família... Você é a mulher da minha vida. Você esqueceu que eu deixei de ter relação com a Rafa, depois que a gente se casou?

Natalie: - Não gosto nem de lembrar. Mas enfim... o assunto está encerrado então. Você vem para casa, vocês vão para o apartamento, mas você não vai beber.

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