Capítulo 6 - Emily Woods

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Realmente tive a droga de um sonho erótico com o Declan, acordei suando, o que foi ótimo já que o tempo continua frio e eu precisava de coragem para correr.

Essa semana não estou tendo aula, então só preciso ir ao estágio no horário da tarde.

Rebecca sai cedo para o estágio e de lá vai para faculdade, durante a semana só nos vemos a noite. É péssimo, mas amamos o que fazemos.

Estou fazendo o almoço vestida com um top preto e uma calça moletom justa na mesma cor. Aqui dentro temos aquecedor, mas as vezes não é o suficiente.

Coloco ilomilo da Billie Eilish para tocar no celular e danço ao mesmo tempo que faço o almoço.

Quando termino escuto a campainha tocar. MERDA, esqueci completamente que o Senhor arrogante vinha aqui. O que eu tinha na cabeça pra aceitar que ele vinhesse?

Dou pausa na música que estava tocando, desligo o fogo e vou abrir a porta.

Puta merda, ele consegue ser um deus grego vestido apenas com uma regata branca e shorts de academia na mesma cor. Observo seu corpo assim como ele observa o meu.

— Preto é definitivamente minha cor preferida. — fala olhando minhas roupas.

Mordo a bochecha para não rir, e abro mais a porta.

— Vou buscar o paletó, fique . — falo dando ênfase para que não passe da porta.

Antes que ele responda subo para meu quarto e pego o paletó no meu guarda-roupa. Quando saio do quarto e me preparo para descer as escadas o vejo dentro de casa mexendo nos porta retratos na mesinha que fica atrás do sofá.

— Eu disse para fica alí, do lado de fora da porta. — digo descendo as escadas. — Dá pra parar de mexer onde não deve? — chego perto dele e tiro de suas mãos um porta retrato com uma foto minha e da Rebecca.

— Não recebo ordens, eu dou as ordens. — fala se aproximando.

— Meu Deus me dê paciência. — digo olhando para o teto. — Aqui o paletó, diga ao Sam que muito obrigada. — empurro a peça de roupa no seu peito.

— Não vai me convidar para almoçar?  — coloca o paletó apoiado no sofá e passa por mim indo na direção da bancada que divide a sala da cozinha.

— Escuta aqui, você não tem noção das coisas? Você pode ser o chefe da Rebecca e mandar nela, mas não em mim. Você foi um babaca comigo na sua empresa e agora tá aqui se convidando pra almoçar? Você tem algum problema?

Ele está apoiado com as costas na bancada de frente para mim com os braços cruzados.

Alguns segundos se passa e continuamos na mesma posição, ele está sério então não sei o que se passa na sua cabeçinha com defeitos.

— Não use mais aquele tipo de roupa se for pisar na minha empresa e não serei arrogante novamente.

Ele só pode tá de brincadeira. Eu preciso respirar fundo para não gritar.

— Não pretendo pisar naquele lixo de novo. Agora dá pra sair da minha casa? — aponto para a porta.

Ele dá uma risada.

— Já disse que almoçarei aqui cachinhos dourados. — fala se sentando em um banco perto da bancada.

— Se eu aceitar você me deixa em paz? — pergunto me aproximando.

— As coisas não funcionam assim comigo. — sorri de lado.

Esse sorriso é de molhar uma calcinha. E de desarmar qualquer uma.

Desisto de brigar e caminho até o fogão para separar nossa comida.

— Você ainda não me disse seu nome cachinhos dourados. — escuto perguntar e sinto ele me observar.

— Emily. Emily Woods. — me sento em sua frente na bancada e empurro um dos pratos em sua direção.

Ele me olha nos olhos por alguns segundos e começa a comer.

— Quem diria, o riquinho, mimado e arrogante Declan Salvatore estaria comendo a minha comida, na minha casa. — termino de falar e bebo o suco.

— Não sou mimado. — fala depois que termina de beber seu suco.

...

Alguns minutos depois terminamos de comer, pego os pratos, copos e talheres e coloco na pia.

— Você precisar ir agora, tenho que me arrumar para o estágio. — me aproximo do seu lado.

— Levo você. — diz se levantando.

Pareço um gnomo perto dele, ele é MUITO alto. Preciso levantar minha cabeça um pouco para olhar em seus olhos já que estamos bastante perto um do outro.

— Não. — dou uma risada.

— Sim, aceite como "desculpas" pela minha arrogância. — toca em um cacho do meu cabelo que insistia em cair colocando atrás da minha orelha.

Afasto sua mão dando um passo para trás.

— Não aceito carona de estranhos. — cruzo os braços.

— Você sabe meu nome, onde eu trabalho e tem meu número. Não sou um estranho. — se aproxima.

Penso. É ele tem razão, ele definitivamente não é um estranho pra mim. Só tenho medo do que essa carona possa significar para ele.

Desde que terminei meu namoro com aquele que não deve ser citado, só fiz sexo uma vez, com um estranho numa boate onde morava antigamente, só para me vingar das traições que descobri.

Então decidi que não transaria com qualquer cara, NUNCA mais. A experiência foi péssima, pior do que quando transava com meu ex.

— É só uma carona, não vou vou te sequestrar e te matar Emily. — sorri. — Ah não ser que você seja uma pessoa ruim. Você é uma pessoa ruim? — pergunta sério.

Dou uma risada. Ele só deve ter um parafuso a menos.

— Você é hilário. — falo sorrindo. — Mas deixar um peixe morrer de fome conta como ser uma pessoa ruim? — pergunto fingindo estar assustada.

Ele analisa meu rosto e sorri.

— Engraçadinha, vá logo se arrumar, vou esperar aqui. — fala se afastando e se senta no sofá.

O observo sentando e subo para meu arrumar.

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Aí, aí. Eu tô amando essa interação repentina. 😏

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Você Pode Me Consertar? - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora