Capítulo 13 - Declan Salvatore

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Estaciono o carro na garagem da minha mãe. A casa nas cores branca e cinza possui dois andares, na parte de baixo contém, sala de estar, cozinha, sala de TV, banheiro social e as portas para o fundo da casa com piscina.

No segundo andar ficam os quartos e o antigo escritório do meu pai, que agora fica a pequena biblioteca com livros que minha mãe escolheu.

Bato na porta e aguardo, poucos segundos depois ouço seus passos dentro da casa se aproximando da porta e abrindo em seguida.

— Filho!! — fala minha mãe assim que abre a porta me abraçando em seguida.

Seus cabelos loiro escuro, estão preso em um coque pequeno. Seus olhos da mesma cor dos meus estão mais escuros agora por conta da falta de iluminação. Sua cabeça estando na altura do meu queixo preciso abaixar um pouco a visão.

— Oi mãe. — retribuo o abraço.

— Entra, tô fazendo o jantar. — fala abrindo espaço para que eu passe.

Entro na casa e a sigo para a cozinha.

— Então, como você está? Como anda sua vida querido? — pergunta mexendo nas panelas.

Aprendi a cozinhar por causa dela que me ensinou desde pequeno a não depender de uma mulher para isso, não que eu queira uma na minha vida, mas se quisesse ela não seria minha escrava.

— Estou bem mãe, minha vida anda lotada. Tem o evento sexta, o Sam me deu um caso... — sim, minha mãe sabe o que eu faço além da advocacia e administrar a empresa que era do meu pai. — ... Só isso.

— E como vai ser esse "caso" aí? — pergunta colocando os pratos na mesa.

— É na França, a mulher sequestra pessoas para a boate dela, durante o dia os deixam trancados em uma cela. — explico e como.

— Nossa... Que horror, isso é... Não tenho nem palavras. — exclama assustada.

— Pois é... — sou interrompido pelo meu celular apitando uma nova mensagem.

Paro de comer e o tiro do bolso, antes de desbloquear já vejo quem falou, Emily. Desbloqueio o celular clicando na mensagem.

Cachinhos dourados: Roupas assim serve? Ou tá muito curto? (Contém ironia. Se estiver, irei mesmo assim, beijinhos).

Sorrio com a mensagem. Abaixo da mensagem escrita ela mandou uma foto dentro de alguma loja com roupas de festa feminina, bem curtas por sinal.

Você: Melhor ir logo nua. Não acha? rsrsrs.

— EI, tá falando com quem? Tá com um sorriso bobo no rosto. — escuto minha mãe falar brincando e lhe olho.

— Que sorrio? Não estou sorrindo.

— Aham, sei. — sorri.

Cachinhos dourados: Ótima ideia, você quem manda Senhor Salvatore.

Coloca vários emojis de olho piscando.

— OLHA AÍ, ESSE SORRISO. — grita minha mãe me assustando.

— Que susto... Não é nada demais. — guardo o celular e bebo o suco.

— Filho, eu sei que olhar e sorriso são esses, não me esconda nada.

— Você quer mesmo ouvir seu filho dizer que tá tentando conquistar um mulher só pra transar e depois descartar? — falo lhe encarando.

Ela me observa e depois de uns segundos responde:

— Não minta para você mesmo. Nunca te vi com esse olhar, com esse sorriso... Declan, eu não te criei pra ser covarde, assuma seus sentimentos. Você tem 35 anos, não é mais um moleque. — fala seria. — Agora me conte sobre ela. — sorri.

Assumir meus sentimentos não é fácil, não quero aceitar o fato de que nem transei, nem beijei a morena, e não consigo tirá-la da minha cabeça. Nunca fui um cara de sentir sentimento por alguma mulher, sempre foi sexo e adeus.

Nunca quis algo a mais com nenhuma delas, não quero ser feito meu pai que era casado, mas vivia traindo minha mãe. Por isso nunca quis um relacionamento sério, é melhor ficar solteiro e pegar todas do que estar casado e trair.

Porém, qual a porra do meu problema agora? Não transo com ninguém desde que conheci a Emily, nem pensei nisso.

Penso se respondo ou não dona Elena, até que decido por fim colocar tudo pra fora. Explico como a conheci e tudo o que aconteceu entre nós até agora.

— ... Então é isso... Não consigo tirar ela da cabeça e ainda nem transei com ela. — explico para minha mãe.

Ela suspira e fala:

— Filho, talvez você não queira ouvir, mas você tá apaixonado... — me analisa. — ... Foi assim quando conheci seu pai... E sobre as roupas dela, você não deveria falar esse tipo de coisa a uma mulher, pode ter o ciúmes que for, se contenha querido, não te eduquei assim. — fala duramente.

— Não quero ser como meu pai, isso pode ser coisa do momento. Não quero entrar em algo, pra depois desrespeitar a pessoa do meu lado.

— Só terminar meu filho. Não perca o momento que pode ser eterno por pensamentos que talvez nem faça sentido futuramente. Seu pai era um idiota sim, mas ele não teve culpa sozinho, eu sabia das traições e continuei no casamento.

— Não vou ser como meu pai.

— Você já não é feito ele. Só de pensar em ficar solteiro para não trair já diz muito sobre você meu filho, mas o amor está finalmente batendo na sua porta. Não perca essa oportunidade. — alisa minha mão em cima da mesa.

— Não dá, essa vida que eu levo... Nem todo mundo sabe suportar, você consegue porquê é minha mãe, o Sam consegue porque é policial e meu melhor amigo. — Suspiro. — Não posso esconder isso dela se escolher ter ela do meu lado, mas também não posso confiar.

Minha mãe suspira e sorri.

— Você vai saber o que fazer... — levanta recolhendo os pratos.

...

Passo o caminho de volta pra casa pensando no que dona Elena disse, talvez ela tenha razão ou talvez não. Só vou saber se tentar, certo?

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Isso mesmo tia. 👀

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Você Pode Me Consertar? - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora