Capítulo 28 - Declan Salvatore

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Estou nessa reunião faz quarenta minutos e nada está me interessando. Esse caso está perdido e não quero perder meu tempo com isso.

— Certo... — me levanto. — Não precisa dizer mais nada senhor, entraremos em contato se decidimos ficar com o caso.

Todos se levantam e se despedem.

Escuto um celular tocar e olho na direção do barulho. Vejo Rebecca atender e volto minha atenção a minha secretária.

— Não entraremos em contato, pode excluir eles da lista, qual a próxima... — sou interrompido.

— DECLAN... — Rebecca fala alto se aproximando com os olhos lacrimejando.

— O que... — ela continua.

— A Emily... Ela... Ela foi agredida, tá no hospital, precisamos ir lá. Meus pais já estão por lá, disseram que está desacordada.

— PORRA, COMO ASSIM? — sinto meu coração acelerar. — Remarca qualquer coisa que eu tiver hoje. — falo para minha secretária. — Vem. — chamo a Rebecca.

...

Não falamos nada até o trajeto do carro. Entramos e ligo o carro em seguida.

— Eles não falaram mais nada? — olho rápido para Rebecca.

— Eles disseram que só sabem pouca coisa, ela chegou lá desacordada então não tem muito o que dizer. — enxuga as lágrimas.

— Disseram como ela chegou lá? — passo o sinal vermelho.

— Um homem desconhecido a levou. Só disseram isso. — ela começa a chorar novamente.

Porra, odeio não ter notícias suficientes, e ainda mais sobre a Emily. Sinto um desespero como nunca senti antes. Preciso me concentrar e chegar vivo no hospital.

...

Alguns minutos depois estaciono de qualquer jeito e desço correndo do carro ao lado da Rebecca.

Procuramos por seus pais assim que entramos.

— Ali. — escuto Rebecca dizer.

Andamos rápido para perto deles.

— Mãe, o que aconteceu? — pergunta Rebecca.

— Cadê ela? — pergunto.

— Ainda desacordada, não temos notícias da saúde dela, o médico ainda não retornou. O que sabemos é que ela parou em frente a um carro na rua com o rosto e cabeça sangrando e depois apagou. — explica Laura.

— Quem trouxe ela? — pergunto.

— Aquele rapaz ali. Ele está esperando para dar depoimento a polícia. — Jhon que responde.

Olho para o homem sentado nos observando e caminho na sua direção.

— Que porra você fez com ela? — lhe puxo pela gola da blusa.

Sinto todos do hospital nos olharem.

— Calma cara, eu só tava passando com o carro e ela apareceu na minha frente gritando desesperada. Eu não fiz nada. — responde o homem.

Jhon se aproxima e nos separa.

— Se acalma Declan, ele ficou e não fugiu, isso significa algo. Vamos esperar a Emily acordar e ela explica.

— Ficou pra ter certeza que ela não vai entregá-lo. — falo alto olhando para o homem na minha frente assustado.

— Cara, eu sei que você tá devastado, então não vou discutir com você. — o homem se afasta.

— Se acalma Declan, ou você não vai conseguir ver a Emily já que estará preso. — Jhon me alerta.

Jhon me observa e me faz sentar em uma das cadeiras. Rebecca se senta ao meu lado junto com sua mãe.

— Vai ficar tudo bem Declan. — diz Rebecca segurando minha mão.

— Espero que sim Becca. Avisa ao Sam. — sinto uma dor de cabeça.

Vejo Rebecca enviando uma mensagem e encosto minha cabeça na parede.

...

Alguns minutos depois que pareceram horas o médico surge entre as portas.

— Família da Emily Woods? — olha em volta a sala.

Todos levantamos ao mesmo tempo e quem responde é a Laura.

— Aqui.

Ele se aproxima de nós olhando os papéis em sua mão.

— Bom dia, vim trazer notícias sobre a Emily, quem é o responsável? — pergunta nos olhando.

— Nós. — Jhon e Laura respondem e uníssono. — Mas eles também podem ouvir. — Jhon fala apontando para mim e Rebecca.

— Ela ainda está desacordada, pois levou uma pancada muito forte na cabeça. Fizemos exames e está tudo certo, nenhum dano celebral. O rosto está roxo, vermelho e inchado que achamos ser por conta de um murro na área da bochecha. A barriga contém roxos que devem ter sido causados por chutes. Não ouve sinais de abuso sexual. — termina de falar e sorri. — Vai ficar tudo bem com ela. assim que ela acordar venho avisar.

— Não podemos vê-la assim mesmo? — pergunto desesperado.

— Infelizmente não, ela precisa falar logo com a polícia assim que acordar. — explica o médico.

— Isso mesmo Declan, são as normas. — fala Jhon.

Volto para o assento e apoio minhas mãos na cabeça.

— Acorda logo meu amor. — falo pra mim mesmo.

Sinto meus olhos encherem de lágrimas e forço para que não saiam. A última vez que chorei foi quando descobri ainda jovem a primeira traição do meu pai, fiquei devastado, com ódio. Depois dali nunca senti vontade de chorar como agora.

Ter a sensação que poderia perder a Emily me fez repensar em tanta coisa. Porra eu amo ela tanto que chega doer, eu faria qualquer coisa por ela. E com esse pensamento me lembro que preciso matar o filho da puta que fez isso.

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William cavou a própria cova. 🔥

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Você Pode Me Consertar? - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora