Capítulo 34 - Declan Salvatore

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— Porra Sam, você tem noção aonde eu fui me meter? — me levanto, começo a andar de um lado para o outro no apartamento do Sam.

Depois que saí da minha mãe vim direto para cá.

— Pode ser apenas uma coincidência... Você já viu fotos deles? — pergunta abrindo o notebook.

— Não, Sam. Ela não tem foto deles em canto algum daquela casa... E se ela se aproximou de mim de propósito? Por vingança, sei lá. O Jhon é delegado... — sou interrompido.

— Para de imaginar coisas, não acho que a Emily esteja fingindo esse tempo todo que está apaixonada por você. — fala olhando para o notebook.

Me sento ao seu lado. Sinto como se meu coração fosse sair pela boca. Porra aonde fui me meter?

— Achei! — grita Sam me tirando dos pensamentos. — Woods, certo? — me olha.

Confirmo balançando a cabeça.

— Todos os casos que eu te passo, eu arquivo nesse notebook... — digita algo fazendo aparecer um casal na tela. — Esses dois são os únicos com o sobrenome Woods, se você realmente matou os pais dela, só pode ser esses dois. — me olha.

Não queria acreditar, mas vendo a foto deles... Porra a Emily se parece tanto com a mulher... leio a ficha e me vem em mente exatamente o dia em que os matei.

Eles traficavam mulheres para casa de prostituição lá no Canadá. A Emily sabia disso? Se sabia só me trás mais certezas que ela se aproximou de mim por vingança.

— Nada mais faz sentido. — me inclino para frente apoiando meus braços na perna. — Se eles forem os pais da Emily... Significa que, ou ela sabia o que eles faziam se tornando igual a eles... Ou... ela não sabia e eu tô namorando uma mulher com os pais mortos, que eu mesmo matei... Caralho. — prefiro mil vezes a opção que ela sabia de tudo e se aproximou por vingança.

Só preciso saber qual a verdade. Pego meu celular e tiro foto da tela do notebook com a foto deles e toda a ficha.

Olho a hora e vejo que já é tarde. Porra passei muito tempo aqui, não vi o tempo passar, a Emily vai desconfiar.

Sei que minha mãe notou meu desespero e logo se prontificou de disfarçar, mas eu não sei fazer o mesmo... Porra, eu amo ela, e descobrir isso desse jeito repentino... Me pegou desprevenido, e eu odeio ser pego desprevenido.

— Tenho que ir, deixei ela com minha mãe. — me levanto.

— Me mantém informado. — Sam se levanta e me acompanha até a porta do seu apartamento.

— Beleza. — me despeço dele e volto dirigindo para casa da minha mãe.

No caminho tento me acalmar para saber ser discreto ao lado da Emily, ela não pode saber.

...

Entro na casa da minha infância e procuro pelas duas. As encontro na sala conversando. A primeira a me notar é a Emily e pela seu olhar ela não está nada feliz.

Minha mãe me escuta se aproximando e se vira.

— Até que fim, tava falando para Emily ideias de nomes para o bebê. — abre espaço para eu me sentar no meio delas.

— Ainda nem sabemos o sexo mãe. — falo me sentando.

Olho para Emily do meu lado esquerdo e seguro sua mão. Ela solta logo em seguida se afastando.

— Vou ver se o bolo já está pronto. — escuto minha mãe falar, mas continuo olhando para Emy.

— Onde você estava Declan? — pergunta assim que dona Elena se afasta.

— Tive que resolver burocracias no escritório... — me interrompe.

— No escritório? — sorri. — Pedi para Rebecca te perguntar que horas você voltava e ela me disse que você não estava lá... — Porra. — ...Ela também perguntou a sua secretária, aquela que eu disse que não queria mais trabalhando com você, e ela falou que você não tinha ido lá... Então Declan, te pergunto duas coisas, onde você estava e por que aquela mulher ainda trabalha lá? — me olha com raiva.

Penso antes de falar, tenho que ser cuidadoso com o que digo. Suspiro e me aproximo tocando seu rosto.

— Amor, eu não fui na minha sala, a coisa que eu tinha que resolver era em outro andar então não precisei subir. Sobre a secretária ela não foi trabalhar esses dias então não tive tempo de falar, isso tem que ser pessoalmente. — sua expressão de raiva muda. — Já te disse, não vou te trair, confia em mim. Eu te amo mais que ontem e menos que amanhã Emily.

Ela fecha os olhos respirando fundo. Quando abre me encara.

— Tento confiar em você, Declan. Não me decepcione.

Me aproximo e beijo seus lábios, minha língua pede passagem e ela cede. Porra eu amo essa mulher, se ela se aproximou de mim por vingança pelo seus pais, eu nem me importo mais, meu coração é dela, e se ela quiser destruí-lo foda-se, se quiser me matar, eu morrerei feliz.

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👀🔥🫣

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Você Pode Me Consertar? - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora